Primeira Classe

O hotel de Las Vegas que não é brega

Minimalismo sofisticado do Aria é exceção em Las Vegas

Rafaela Borges

18 de abr, 2019 · 10 minutos de leitura.

Aria Las Vegas" >
Aria Las Vegas
Crédito: Fotos: Divulgação

Las Vegas é também chamada de “parque de diversões de adultos”. E, para entreter seu público, os hotéis têm de tudo. A maioria é temática, ou ao menos passam longe do minimalismo sofisticado.

O Aria, junto com os demais hotéis que fazem parte de seu complexo, é exceção. Ao lado, fica o Vdara, que é do mesmo grupo (e não tem cassino próprio; os hóspedes usam o do Aria).

Os outros hotéis do complexo (ficam ao redor de um shopping de alto luxo, o Crystals) são o Cosmopolitan e o Waldorf Astoria (ex-Mandarim Oriental).

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A localização desse complexo é excelente. Fica bem no centro da parte mais badalada da Strip (a zona moderna dos grandes cassinos) de Las Vegas: entre os hotéis Mandalay Bay, ao sul, e Wynn, ao norte.

Visual do Aria Las Vegas

Quando fui escolher minha hospedagem em Las Vegas,  queria fugir do temático. Após ler uma reportagem, minha inclinação caiu imediatamente para o quarteto Aria/Vdara/Cosmopolitan/Mandarim Oriental (oito meses atrás, quando estive lá, ele ainda não era Waldorf).

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Escolhi o Aria porque, mesmo sendo o mais famoso, para os meus períodos era também o mais barato. Isso não ocorre sempre. É bem comum o Aria ter preços superiores aos do Vdara.


Foi a escolha certa. O edifício alto e cinzento, todo espelhado e muito bem iluminado, segue a estética de todo o complexo de hotéis e shopping. A decoração é moderna e elegante, fugindo aos exageros típicos de Vegas.

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O lobby usa mármore, madeira e cores bem suaves. Apenas algumas bolas e outros penduricalhos que saem do teto são roxo brilhante, destoando um pouco do tom sóbrio e elegante.


O cassino do Aria não se difere muito do dos demais hotéis de Vegas. Imenso, ocupa quase todo o andar do lobby, com máquinas de caça-níquel aos montes, roletas, mesas de carteado, salas de pôquer e bares e áreas para apostas esportivas.


O cassino

E, como em todo cassino de Las Vegas, é permitido fumar no local, o que pode deixar o cheiro do ambiente um pouco carregado.

Os quartos

Passando pelo cassino, cheguei ao meu quarto no Aria Las Vegas. Reservei o mais simples; o único “extra” que pedi foi vista para a Strip (alguns quartos não têm).

O acesso é pelo primeiro mezanino e há diversos grupos de elevadores, cada um cobrindo dez andares (o hotel tem mais de 50). Assim, nunca há espera para subir e descer.


Cheguei muito cedo e não consegui fazer “early chek-in”. Uma chave foi entregue, e a portaria me enviaria uma notificação com o número do meu quarto quando ele estivesse liberado (algo que ocorreu três horas mais tarde). O sistema funcionou bem.

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Cuidado com os entregadores de mala: eles costumam dar “aulas” de 20 minutos sobre Las Vegas, mesmo quando não solicitados, e reclamam das gorjetas se as acharem muita baixas.

O quarto tem 55 metros, decoração sóbria com combinação de tons pastéis, verde e vermelho escuro, cortinas blackout com acionamento automático e um tablet para comandar funções do quarto, falar com a recepção, fazer pedidos no restaurante, etc.


 

O banheiro amplo tem chuveiro e banheira separados. O box é amplo e as amenidades de banho, de excelente qualidade (respostas diariamente ou até duas vezes por dia).

O frigobar é bem completo, com bebidas e snacks variados. Cuidado: não é permitido usar o refrigerador para armazenar produtos trazidos de fora. Nesse caso, o hóspede paga uma taxa alta.


A cama é king size, extremamente confortável, e há menu de travesseiros variados.

Entretenimento

Além do cassino, o Aria Las Vegas tem diversos restaurantes, bares, casas noturnas e teatro. Os restaurantes ficam entre o piso do lobby e o primeiro mezanino. Nessa parte, estão os mais interessantes.


Lemongrass, o tailandês do Aria

 

Há o Jean-George Steakhouse, especializado em carnes e com curadoria do mesmo renomado chefe que assina o cardápio do Palácio Tangará, hotel em São Paulo. Outros destaques são o bistrô Bardot Brasserie e o italiano Carbone.

No primeiro andar, há o americano Sage, um bar de tapas e um restaurante tailandês. Uma das novidades do Aria é o famoso Catch, bar-restaurante muito badalado com unidades em Nova York e Los Angeles.


Jewel Nightclub

 

Os bares ficam todos no piso do lobby. Há opções com música ao vivo, lounges (adorei o Alibi), cafés e cervejaria. A casa noturna é o badalado clube Jewel, que abre aos fins de semana e na segunda-feira.


Outras atrações

O espetáculo do teatro do Aria Las Vegas é o Zarkana, misto de Cirque du Soleil com números de circo de verdade. Porém, a principal atração fica por conta as exposições de arte, com obras e escultura de renomados artistas do mundo (a maioria, porém, é americana).

A sala de ginástica é imensa e completa. Nela, são oferecidas toalhas, água e frutas. Ao lado, há um spa e uma loja de roupas e banho e de ginástica.


Shopping Crystals (Foto: Rafaela Borges)

 

As lojas, aliás, não são muito vastas no Aria. Sem problemas: basta ir ao Crystals, ao lado (com acesso direto a partir do hotel), para encontrar as grifes mais importantes do mundo.

Para o café da manhã, há a opção de buffet, um clássico dos hotéis de Las Vegas. Na verdade, funciona também no café da manhã e jantar. Os preços com taxas variam de 22 a 27 euros.


O Aria tem três áreas de piscinas. Uma é bem familiar e a outra (Liquid Lounge), destinada às famosas “pool parties” no verão. A terceira é apenas para os hóspedes das suítes. Quem quiser pode ficar em confortáveis bangalôs (e pagar até US$ 400 por isso).

O Aria cobra taxa de resort de US$ 32 por dia. Essa taxa, cada vez mais comum nos EUA, é obrigatória. Inclui uso da piscina, da academia, entrega de jornais, etc. Não há possibilidade de não pagá-la.


Ah, quem quiser ver mais sobre o Aria pode conferir o divertido filme “Última Viagem a Vegas” (com Michael Douglas, Robert De Niro, Morgan Freeman e Kevin Kline). O filme se passa no hotel.

 

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