Karina Craveiro, de Curitiba
Apresentada na semana passada, a Aprove Diesel, entidade formada por sistemistas como Bosch, Delphi, Honeywell e BorgWarner, quer derrubar o veto do uso do diesel em automóveis vendidos no Brasil. A restrição surgiu há 37 anos sob o argumento de que o combustível era altamente poluidor e a importação de grandes volumes trariam desequilíbrio da balança comercial.
A ideia da associação é mostrar que o cenário da matriz energética nacional mudou. E que houve evolução considerável no que diz respeito às emissões de poluentes. “É tarefa de gigantes, mas não queremos trazer um ‘abacaxi’. A volta do diesel para carros pequenos é uma ação de interesse geral”, diz o diretor da associação, Luso Ventura.
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Segundo dados da entidade, modelos a diesel são 30% mais econômicos e 25% menos poluentes que equivalentes movidos a gasolina. Também oferecem 50% a mais de torque.
De acordo com uma fonte do Ministério de Minas e Energia, a parte técnica e ambiental não são empecilhos. A política atual e a carga tributária, sim.
O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do diesel é de 12% – para a gasolina, varia de 25 a 31%. “Se o governo permitir o uso do diesel em automóveis, o País vai parar de consumir gasolina e etanol. Não consigo ver justificativa que permita a volta desses carros”, afirma.
A Aprove quer convencer o governo sobre os benefícios do motor de ciclo Diesel, que pode rodar com diesel, biodiesel, diesel de cana, GNV e até etanol. Para isso, precisa do apoio do consumidor.
Em parceria com a Bosch, a entidade trouxe, da Argentina, um Chevrolet Cruze, um Peugeot 408 e um VW Jetta a diesel. A ideia é que os veículos sejam expostos em feiras pelo País durante o ano.
Avaliamos os carros em duas voltas na pista de testes. Os motores trabalham de maneira silenciosa e têm rodar suave. Nas aceleradas, nenhum dos três sedãs decepciona.
Viagem a convite da Aprove Diesel
