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Revisão em conta fora da rede
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Revisão em conta fora da rede

Thiago LascoSe não dá para fugir dos gastos com a manutenção do carro, é possível economizar um bom dinheiro fazendo... leia mais

07 de jun, 2013 · 4 minutos de leitura.

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 Revisão em conta fora da rede

Thiago Lasco

Se não dá para fugir dos gastos com a manutenção do carro, é possível economizar um bom dinheiro fazendo as revisões fora das concessionárias. Mas essa prática só vale a pena para veículos cuja garantia tenha expirado – para os que ainda estão cobertos pelas fabricantes, trocar peças e realizar serviços mecânicos ou elétricos em empresas independentes implica perda imediata do benefício.

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Na revisão dos 20 mil km, a maioria das montadoras determina apenas a troca do óleo do motor e dos filtros de ar, óleo e combustível. São serviços simples, que as autorizadas vendem em pacotes com preço fechado, entre R$ 300 e R$ 550, dependendo do carro.

Na Highway (3034-0020), oficina na zona oeste, o preço dessas peças para um Volkswagen Fox com motor 1.0, por exemplo, é de R$ 260, incluindo a instalação. Na rede de concessionárias da marca, o dono de um modelo 2012 com 20 mil km rodados teria de desembolsar R$ 398 pelo mesmo serviço.


Tanto para um Renault Sandero 1.6 8V quanto para um Peugeot 207, esse “pacote” custa R$ 295 na Highway. Nas concessionárias dessas marcas, cobram-se R$ 518 e R$ 425, respectivamente.

Na revisão dos 40 mil km, em que são acrescidos itens como troca do fluido de freio e das velas de ignição, o preço fica ainda mais salgado. Nas autorizadas Peugeot são R$ 680 para o 308 com motor 2.0 e na Ford, R$ 852 para o Fiesta Rocam. Já na Oficina Brasil (5182-1190), rede com 19 lojas na capital, os mesmos serviços custam, respectivamente, R$ 529 e R$ 423.

Por causa dos altos valores, a maioria dos consumidores foge das autorizadas após o fim da garantia do carro. É o caso do farmacêutico Fábio Alessandro de Freitas, que passou a levar seu Logan à Tato Serviços Automotivos (4109-4346), em São Bernardo do Campo, no ABC, assim que a cobertura de três anos expirou.


Ele diz que não se arrepende. “A diferença de preço é enorme.” O sedã apresentou um problema na suspensão e foi preciso trocar um pivô. “Na Renault, queriam substituir a bandeja inteira”, conta.

Na Tato, a troca de óleo e filtros para Gol G5 e Clio com motores 1.0 é de R$ 224 e R$ 251, respectivamente. Nas autorizadas custariam R$ 383 e R$ 405.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”