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Conheça pessoas que se ‘casaram’ com o carro
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Conheça pessoas que se ‘casaram’ com o carro

Características únicas e elevado valor de um veículo zero-km desestimulam troca por modelo mais novo

Igor Macário

19 de jul, 2017 · 4 minutos de leitura.

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Crédito:'Seu’ Noé comprou Kadett em 1989 e não tem planos de vendê-lo Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Trocar de carro a cada um ou dois anos pode garantir, além de ter sempre um modelo moderno, a ausência de defeitos constantes. Porém, nem sempre as condições financeiras permitem a troca, e há também casos em que o veículo se torna o “xodó” do dono, que simplesmente não consegue se desfazer dele. Esse “casamento” pode durar décadas e nem mesmo os custos de manutenção, que tendem a se elevar, parecem justificar uma troca.

O aposentado Noé Vilela mantém uma relação muito estável com seu Chevrolet Kadett SL/E automático comprado zero-km em 1989 e mantido a pão de ló desde então. “Usava o carro diariamente para trabalhar e já rodei mais de 500 mil km com ele. Como ele ainda me atende perfeitamente, continua em minha garagem”, explica “seu” Noé. Hoje o Kadett sai de casa apenas esporadicamente, mas nunca deixou o aposentado na mão. As revisões anuais garantem o funcionamento correto do Chevrolet que já soprou 29 velinhas.

Algo parecido ocorre com o estudante Adriano Coura, que comprou seu Kia Picanto zero em 2007 e o utiliza diariamente desde então. O hatch sul-coreano substituiu seu primeiro carro, um Renault Twingo que foi usado por menos de um ano. “Eu gostei muito do modelo e não achei necessário trocá-lo com o tempo. Consigo fazer toda a manutenção sem problemas, e o carro nunca me deixou na mão”, diz Coura, que já rodou mais de 200 mil quilômetros com o Picanto. “Eu até o teria trocado por um carro mais novo, mas ele continua funcionando normalmente e a diferença de preço para um zero-km é proibitiva”, completa.

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Razões. Para o consultor Paulo Garbossa, da ADK Automotive, existem dois motivos principais que levam o dono a manter um carro por anos. “Geralmente, o proprietário se apega muito ao veículo e não quer revendê-lo, ou fica desanimado ao saber quanto precisará gastar para trocá-lo por um novo”, explica.

Há ainda os casos em que o modelo saiu de linha e não deixou substituto. É o que ocorre com o empresário Maurício Veiga, dono de uma Toyota Fielder 2005, também comprada zero-quilômetro. “Teria trocado esse carro por uma Fielder nova se a Toyota a tivesse lançado. As outras peruas do mercado ficaram muito caras”, lamenta. Veiga afirma que modelos de outros segmentos não atendem tão bem suas necessidades quanto a perua da Toyota.

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