Primeira Classe

Carro da Fiat entra na briga pela vice-liderança

Na primeira metade de fevereiro, Argo foi terceiro carro mais vendido do Brasil

Rafaela Borges

15 de fev, 2019 · 5 minutos de leitura.

Fiat Argo" >
Fiat Argo
Crédito: Foto: JF Diorio/Estadão

A Fiat perdeu no ano passado o segundo lugar de vendas para a Volkswagen. Porém, se depender do Argo, a marca italiana pode até voltar a sonhar com a vice-liderança.

Ao menos é o que indica o resultado de vendas da primeira metade de fevereiro (mês que tem 28 dias em 2019). Por enquanto, a Fiat é a vice-líder, à frente da Volkswagen, segundo fontes de mercado. A Chevrolet mantém a liderança.

E a principal razão dessa vice-liderança momentânea da Fiat é o Argo. O carro, em fevereiro, vai entrar na briga pelo segundo lugar no ranking de vendas.

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Por ora, ele é o terceiro colocado, posição que, caso se confirme no fim do mês, será inédita para o modelo lançado em 2017.

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Argo em fevereiro

Para chegar à terceira colocação, o Argo deixou o Ford Ka para trás. O modelo da Fiat registrou 3.599 emplacamentos de 1º a 14 de fevereiro, e não está muito distante do vice-líder HB20. O Hyundai teve 3.981 exemplares comercializados.


Já o Ka somou 3.043 unidades emplacadas. A liderança folgada continua com o Onix. O Chevrolet teve 7.989 emplacamentos no período.

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O Argo não teve um começo dos mais promissores, principalmente quando comparado do rival Volkswagen Polo, que já estreou no “top 5”. Porém, em 2018, conseguiu entrar na lista dos dez mais vendidos.

O Argo pode colocar sua marca na lista dos três carros mais vendidos. A Fiat não frequenta o “top 3” desde a época do Palio, que em 2015 foi vice-líder. Depois disso, o modelo começou a cair no ranking, até sair de linha, no início de 2018.

 


Outros destaques

Além do terceiro lugar do Argo, a Fiat obteve, na primeira metade de fevereiro, o sexto, com a Strada, e o sétimo, com o Mobi. Em compensação, a Toro por pouco não ficou de fora do “top 20”. Foi o 20º carro mais emplacado do período.

A Volkswagen colocou dois modelos entre os dez mais vendidos, o Gol (oitavo) e o Polo (nono). Entre os 20 mais emplacados, há ainda o Fox (13º) e o Virtus (19º).

Já o Yaris conseguiu, no resultado parcial, uma vaga no “top 20”. Foi o 18º mais vendido do período. Se confirmar a posição no fim do mês, será a segunda vez em que ocupa posição entre os 20 mais vendidos. O carro da Toyota foi lançado em 2018.


E por falar em Toyota, o Corolla, 14º carro mais vendido em janeiro, vem perdendo ainda mais espaço em fevereiro. Por enquanto, é o 17º mais vendido.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”