Primeira Classe

Coisas que não te contaram sobre o VW Gol

Há algumas curiosidades sobre o VW Gol que você talvez não conheça

Rafaela Borges

22 de mai, 2019 · 5 minutos de leitura.

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Volkswagen Gol
Crédito: Gabriela Biló/Estadão

Que o VW Gol é o carro que liderou por mais tempo o ranking de vendas no Brasil, todo mundo já sabe. Que ele está na geração que a Volkswagen chama de sexta, também. Mas há algumas curiosidades que você talvez não saiba sobre um dos modelos mais populares do Brasil.

A primeira é que o VW Gol na verdade não está na sexta geração. Antes, é preciso entender o que é uma geração de um carro.

Literalmente, um carro muda de geração quando ele muda de plataforma. E o VW Gol ainda não usou seis plataformas ao longo de sua trajetória.

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O Gol, na verdade, usou apenas três plataformas. Portanto, dá para dizer que o carro até agora teve apenas três gerações lançadas, se formos considerar o sentido literal desse termo.

A primeira, Gol “quadrado”, é a mais longa. Foi produzida de 1980 a 1996. Claro que teve muitas mudanças ao longo desse período, inclusive no formato da carroceria.

 


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O VW Gol de segunda geração foi lançado em 1994 e engloba os modelos que a marca chamou de G2, G3 e G4. O G2, ou Gol “Bola”, foi feito até 2005.

O G3, reestilização feita sobre o G2, foi produzido de 1999 a 2005. Ele conviveu com o G2, vendido a partir de 99 como versão de entrada da linha.

O G4, reestilização do G3, foi feito a partir de 2005 e 2014. A terceira geração do Gol passou a usar a base do antigo Polo europeu e traz o que a Volks chama de G5 (2008 a 2012) e G6 (2012 até hoje).


 

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Início difícil do VW Gol

Os 27 anos de reinado do Volkswagen Gol começaram em 1987, e terminaram em 2014. Assim, levou sete anos entre o lançamento do modelo e ele, enfim, assumir o primeiro lugar de vendas.

 

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Em 1981, por exemplo, o VW Gol foi apenas o sexto carro mais emplacado do Brasil. Naquele ano, a liderança ficou com o Fiat 147 e o segundo lugar, com o Volkswagen Fusca.

Vendas diretas

Após perder o primeiro lugar de vendas para o Palio, o Gol nunca mais voltou a esse posição. No entanto, depois de ficar alguns meses atrás do Polo, no ano passado, retornou ao menos à posição de carro mais vendido da Volkswagen.


O que você não sabe é que o apelo do VW Gol com o consumidor final, que compra carros com nota fiscal de concessionária, já não é mais assim tão alto. Em 2019, 68,1% de seus emplacamentos foram resultado de vendas diretas.

Aliás, o VW Gol é o segundo carro mais emplacado nessa modalidade.

 


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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”