Primeira Classe

Novo RAV4 mostra aos rivais como se faz

Novo RAV4 dá uma lição de boas vendas na concorrência

Rafaela Borges

30 de jul, 2019 · 8 minutos de leitura.

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Quinta geração do Toyota RAV4 foi lançada em maio de 2019 no Brasil
Crédito: Toyota/Divulgação

Nem Equinox, nem 3008, nem CR-V. Dos SUVs médios que estrearam nos últimos tempos, foi o novo RAV4, da Toyota, o modelo que conseguiu dar uma lição de boas vendas nos rivais.

Além do modelo da Toyota, o único que conseguiu ter uma estreia tão boa nos últimos dois anos foi o Tiguan de nova geração. O Volkswagen, porém, tem mais versões, que o permitem oferecer opções com preços mais baixos que o novo RAV4.

O carro da Toyota estreou em maio trazendo como diferencial ante a concorrência o trem de força. O SUV médio só está disponível no Brasil em versão híbrida.


Os preços são de R$ 165.990 para a versão de entrada e R$ 185.990 na de topo. Para comparação, o Tiguan mais barato sai por R$ 129.990 (na época do lançamento, no ano passado, custava R$ 125 mil).

Mesmo chegando a R$ 187.990 na versão de topo, o Tiguan tem nas opções mais simples argumentos para garantir um público mais diversificado. Coisa que o novo RAV4 não tem.

 


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Novo RAV4 dispara no ranking de SUVs médios

O Toyota de nova geração deve garantir o terceiro lugar do segmento em julho. Se o desempenho de vendas que vem demonstrando durante o mês se confirmar no fechamento, ficará atrás apenas do líder absoluto Compass e do próprio Tiguan.


Números preliminares obtidos pela reportagem mostram que o novo RAV4 somou 536 emplacamentos de 1º a 29 de julho. Faltando dois dias para o encerramento do mês, ele deixou para trás o ix35 e o Tucson, da Hyundai, o Chevrolet Equinox, o Peugeot 3008 e o Kia Sportage, entre outros.

 

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O ix35 não está muito distante. Tem 509 unidades vendidas. Essa pequena diferença, ganha mais significado quando se considera um segmento de volumes médios, como o de SUVs médios. Com exceção de Compass e Tiguan, dificilmente um modelo da categoria supera os 500 emplacamentos.

Os outros integrantes do segmento já não têm chances de alcançar o novo RAV4. Do Sportage, foram vendidos até agora 362 exemplares, ante os 308 do Equinox. O 3008 soma 208 emplacamentos e o Tucson, 200.

Já o Tiguan continua com desempenho impressionante: 1.112 unidades vendidas até agora. O Compass vive em um mundo à parte: já supera os 5 mil emplacamentos. Inclusive, por ora, está à frente do Renegade e lidera a categoria de SUVs médios em julho.


Vale ressaltar que a categoria de SUVs médios tem ampla diversidade de preços, o que faz que alguns modelos de dimensões semelhantes acabem não sendo concorrentes tão diretos.

O segredo do sucesso

É preciso analisar, em primeiro lugar, se o novo RAV4 conseguirá manter o bom desempenho no ranking de vendas nos próximos meses. Há alguns casos de modelo que vendem bem no início, mas depois param de despertar a atenção do consumidor.

Porém, há sim alguns fatores que podem justificar o sucesso do Toyota. Em primeiro lugar, há a marca, que tem um público bastante tradicional. Principalmente em segmentos de carros com valores acima de R$ 100 mil, como os Corolla mais caros (que são os que mais vendem).


 

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O RAV4, além de ser Toyota, sempre teve boa reputação no mercado brasileiro. Não é de se estranhar, portanto, que a nova geração venda bem.

Mas e o CR-V, então? A nova geração do Honda, um carro que sempre fez sucesso no mercado brasileiro e que é de uma marca com reputação também muito boa, vende pouco.

Isso, porém, tem muito mais a ver com a estratégia da Honda. No lançamento do CR-V, a marca deixou claro que, desta vez, ele vinha para ser modelo de nicho. Nunca houve expectativa – e nem volume de importação suficiente – de vender mais de 50 unidades por mês.


Carros sustentáveis

Outro fator que pode estar atraindo o consumidor ao RAV4 é o conjunto híbrido. Os modelos com esse tipo de trem de força ganham cada vez mais espaço no mundo, e começam a gerar interesse também no Brasil.

Nessa faixa de preço, não é de se estranhar que o cliente seja atraído por uma tecnologia que poucos carros por aqui ainda têm. Mesmo que tenha de pagar um pouco mais por isso. Será que a sustentabilidade (e, por que não, o consumo menor, que gera menos paradas para reabastecer) finalmente está falando mais alto?

O UX250h, da Lexus (leia avaliação), pode ser um bom indício dessa teoria. Até agora, em julho, ele somou 67 emplacamentos. Pode parecer pouco. Mas, para a Lexus, é um ótimo volume, já que a marca nunca teve vendas significativas por aqui.


 

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