Primeira Classe

Oyster card: a melhor maneira de explorar Londres

Cartão automático, Oyster Card garante economia e facilita transporte no metrô de Londres

Rafaela Borges

10 de out, 2019 · 8 minutos de leitura.

Tower Bridge Oyster Card" >
Tower Bridge, uma das principais atrações de Londres
Crédito: Rafaela Borges

Londres é a capital mundial dos supercarros. Mas, se você está fazendo turismo na capital da Inglaterra, a melhor maneira de se locomover é de metrô. De preferência com um Oyster Card.

Deixe os supercarros para admirar. Ou invista em um carro para fazer, por exemplo, um bate-e-volta até o interior da Inglaterra. Há algumas possibilidades legais, como as cidades de Bath, Cambridge e Oxford.

Dirigir em Londres não é uma ideia tão boa. Em primeiro lugar, como em toda metrópole, há muitos trechos nos quais é impossível evitar congestionamentos – embora não tão frequentes quanto em Paris. Assim, usar o metrô, que é um dos melhores do mundo, é uma opção bem mais rápida.

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Mas há um agravante: tudo em Londres é ao contrário. O volante fica do lado direito. As direções das ruas são opostas às do Brasil – e você também deverá se manter sempre à esquerda da via, não à direita.

Parece simples, mas leva tempo para acostumar. E alguns sustos podem ocorrer nesse tempo.

 


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Praticidade do Oyster Card

O cartão de transporte foi recomendado pelo pessoal da Visit Britain Br, e se mostrou a melhor solução para bater perna por Londres. Em primeiro lugar, em cada pedacinho da capital há uma estação – ou mais de uma – próxima.

Além disso, o sistema de metrô é muito fácil de usar. São raras as estações em que trens diferentes passam em uma mesma linha – como ocorre por exemplo na Alemanha, que tem um sistema bem mais complicado.

O Oyster Card é um cartão eletrônico de viagens. Basta colocá-lo no sensor na catraca da estação e passar.


 

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O Oyster Card é válido nos sistemas de metrô, DLR e na maior parte da malha de trens de Londres. Já no expresso do aeroporto de Heathrow à estação Paddington, próxima ao Hyde Park, o cartão não pode ser utilizado.

Porém, dá para ir do centro de Londres a Heathrow de metrô – linha azul. Via DLR, também dá para ir e voltar do aeroporto London City usando o Oyster Card.


Porém, o cartão não pode ser usado nos transportes aos demais aeroportos da região de Londres (Luton, Gatwick, etc).

 

Economia considerável

Além da óbvia vantagem de não ter de comprar bilhetes a cada estação de metrô, o Oyster Card representa um economia considerável.


Os preços do transporte ferroviário em Londres mudam de acordo com as zonas. Viagens no centro da cidade, porém, saem por 4,90 libras o trecho. São mais de R$ 20.

Com o Oyster Card, o valor cai para 2,90 o trecho. Além disso, há um teto diário de gasto. No meu caso, foi de 7 libras (circulando apenas no centro de Londres, entre as zonas de transporte 1 e 4, em um total de 9).

Esse valor pode aumentar dependendo das zonas de transporte nas quais se circula (o que será definido no momento do check out). O teto diário é uma média do valor do três viagens.


 

Heathrow, por exemplo, fica na zona de transporte 6. O valor para ir do centro a essa zona é mais alto.


A partir do teto, independente do número de viagens, as tarifas deixam de ser cobradas. Ou seja: uma ótima opção para quem está fazendo turismo – minha média diária de viagens em Londres foi de seis.

E se eu gastar menos de 7 libras por dia (fazendo, por exemplo, apenas duas viagens)? Nesse caso, só serão debitadas do Oyster Card as viagens realizadas – ou seja, duas de 2,9 libras (total de 5,8 libras), no caso do centro de Londres.

Se a viagem a Londres for de sete dias, vale a pena obter o sistema chamado de Travelcard, que custa 35,1 libras (cerca de 5 libras por dia). Com ele, dá para circular sem restrições durante o período, entre as zonas de transporte 1 e 2 (centro de Londres).


O número das zonas de transporte podem ser consultados nas estações e mapas do metrô.

Como obter o Oyster Card

O Oyster Card pode ser obtido por correspondência, ou em estações de metrô de Londres (máquinas ou guichês, nesse caso apenas com cartão de crédito). É preciso deixar um depósito de 5 libras, que são reembolsáveis ao final do uso.

O cartão também está disponível em alguns mercados e bancas de jornais.


Para ter o reembolso do depósito de 5 libras, e de créditos não usados, basta selecionar a opção “Refund” nas máquinas automáticas das estações de metrô.

Estações de metrô próximas a algumas atrações

  • Buckingham Palace – Hyde Park Corner e Green Park
  • Abbey Road – St. John’s Wood
  • Big Ben/London Eye/Abadia de Westminster – Westminster
  • Knightsbridge – Sloane Street, Hyde Park, Harrod’s
  • Borough Market – London Bridge
  • Tower Bridge e Torre de Londres – London Bridge e Tower Hill
  • Oxford Street – Oxford Circus e Bond Street
  • Notting Hill/Portobello Road – Notting Hill Gate

 

 


 

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.