Você está lendo...
Chevrolet pode tirar Joy básico de linha
Notícias

Chevrolet pode tirar Joy básico de linha

A Chevrolet vai aumentar os preços da linha entre 1,5% e 5,8% em julho, e pode promover simplificação na linha

Redação

24 de jun, 2020 · 6 minutos de leitura.

Publicidade

chevrolet onix
O Chevrolet Onix oferece muita tecnologia, caso de auxiliar de estacionamento e sensor de ponto cego, mas, com a desvalorização do real frente ao dólar, seu custo de produção é alto
Crédito:Chevrolet/Divulgação

Quem achava que a redução de demanda por automóveis, em tempos de confinamento, iria resultar em descontos em veículos novos, pode ter uma decepção. Mesmo com a queda na procura, algumas montadoras têm elevado o preço dos automóveis. A Chevrolet, que já havia reajustado os preços em 4% no mês passado, agora prepara um novo aumento, que segundo a Quatro Rodas varia de 1,5% a 5,8%. A nova tabela de preços sugeridos deve entrar em vigor no mês que vem. A justificativa está na alta do dólar frente ao real, o que teria elevado o custo de produção. Além da alta, versões mais baratas, como o Joy, podem deixar de ser oferecidas.

O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se

O Joy (versão antiga do Onix) é o modelo mais barato da Chevrolet. Atualmente, custa R$ 52.150. Já o Joy Plus (nova nomenclatura do sedã Prisma) custa a partir de R$ 56.090.

Publicidade


Em entrevista ao Estadão no domingo, dia 21, o presidente da General Motors na América do Sul, o argentino Carlos Zarlenga, disse que, devido ao custo de produção, alguns modelos não são rentáveis. Quanto mais componentes importados, maior o custo. Por isso, Zarlenga afirmou que “é melhor não produzir e não vender, pois, quanto mais se produz e vende, mais dinheiro se perde”.

Um concessionário ouvido pelo Jornal do Carro diz que a Chevrolet deverá fazer uma “simplificação da linha”. De acordo com ele, há duas versões do Joy (Joy e Joy Black), com pequenas diferenças no acabamento. É o caso por exemplo do acabamento escurecido na gravata Chevrolet e nas calotas, na versão Black. Segundo ele, a fábrica já sinalizou que a Joy deve sair de linha, deixando apenas a Black.

De acordo com a mesma fonte, o Onix tem duas versões básicas (uma com motor aspirado e outra turbo) e duas LT (também com as duas variações de motor). Como os preços entre elas são próximos, ele acredita que nesse caso deverá haver uma redução na oferta. Segundo o concessionário, o excesso de versões causa confusão para o comprador.


Tecnologia do Chevrolet Onix está cobrando seu preço

A segunda geração do carro mais vendido do Brasil chegou recheada de tecnologia, no segundo semestre do ano passado. Além disso, veio com preço agressivo, o que acabou garantindo a liderança tranquila de mercado. A estratégia de preços abaixo da concorrência pode agora estar surtindo efeito contrário.

Nas versões mais caras, como a Premier, há itens exclusivos no segmento, como internet, sensor de ponto cego e até estacionamento semiautônomo. O problema é que tudo isso acabou ficando mais caro por causa da desvalorização do real frente ao dólar.



Mesmo assim, as versões mais baratas do modelo tiveram o maior índice de aumento. O Onix 1.0 básico deve ir de R$ 53.050 para cerca de R$ 56.127, alta de R$ 3.077. Isso se o modelo realmente receber os 5,8% de aumento. Os concessionários ainda não receberam as novas tabelas. Já no caso do Onix Premier, que tem motor 1.0 turbo e câmbio automático, o preço deve ir de R$ 75.490 para R$ 77.760, elevação de R$ 2.270, ou 3% de aumento.


O Tracker mais barato, com motor 1.0 aspirado e câmbio manual, deve saltar de R$ 85.290 para R$ 87.400. Nesse caso, a elevação é de R$ 2.110, ou 2,5%.

Quanto aos importados, o elétrico Bolt deve subir cerca de R$ 5.250. Dos atuais R$ 209.990, pode chegar a R$ 215.240, ou 2,5% a mais.

O modelo mais caro da marca, o Camaro conversível, pode ter aumento de R$ 9.570. Dos atuais 382.850, pode passar para R$ 392.420, também com elevação de 2,5%.


Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.