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Hyundai revela o Bayon, crossover que terá o papel do “HB20X” na Europa
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Hyundai revela o Bayon, crossover que terá o papel do “HB20X” na Europa

Com suspensão elevada e carroceria mais vertical, o novo Hyundai Bayon é o crossover do hatch compacto i20, o HB20 dos europeus

Diogo de Oliveira, Especial para o Estado

04 de mar, 2021 · 4 minutos de leitura.

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Hyundai Bayon
Hyundai lança na Europa o Bayon, inédito crossover compacto feito sobre a nova geração do hatch de entrada i20
Crédito:Hyundai/Divulgação

A Hyundai apresentou na Europa o Bayon, um novo crossover compacto criado especificamente para os mercados da região. Com 4,18 metros de comprimento por 1,77 metro de altura, o pequeno SUV nasce da plataforma do hatch i20, modelo de entrada da marca sul-coreana no continente europeu, que ganhou nova geração no fim de 2020.

Na prática, o inédito Hyundai Bayon chega como uma opção “aventureira” ao novo i20. Ou seja, o crossover terá papel semelhante ao do HB20X no Brasil, que é a versão do HB20 com suspensão elevada. Entretanto, embora tenha o mesmo painel do i20 na cabine, o Bayon é maior do que o hatch, bem como tem um estilo próprio.

Hyundai Bayon
Hyundai/Divulgação

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Menor que o Creta e rival do T-Cross

O Hyundai Bayon vai disputar vendas na Europa contra crossovers compactos considerados pequenos para o “padrão brasileiro”. Entre esses modelos estão o Ford Puma, o Nissan Juke e o Volkswagen T-Cross. No entanto, vale lembrar que o T-Cross ganhou 8,5 centímetros no Brasil, ficando um pouco maior do que o equivalente europeu.



Hyundai Bayon
Hyundai/Divulgação

Porta-malas grande e mecânica híbrida

Um dos pontos fortes do Hyundai Bayon é o bom porta-malas de 411 litros, um tanto generoso para o seu porte. Já o espaço na cabine é equivalente ao do hatch i20 para as pernas, com 2,58 metros de entre-eixos. Mas capricha no vão para as cabeças. Na dianteira, o painel é quase idêntico ao do novo i20, podendo ter duas grandes telas no topo.


Com preço inicial de 23,5 mil euros (quase R$ 160 mil na conversão direta com a cotação atual a R$ 6,72), o Bayon tem proposta sofisticada. Sua mecânica oferece o motor 1.0 turbo em duas faixas de potência, com 100 cv ou 120 cv, opção de câmbios manual ou de dupla embreagem, além do sistema híbrido leve (Mild Hybrid) de 48 Volts.

Hyundai Bayon
Hyundai/Divulgação

Não virá para o Brasil

Tal como publicamos antecipamos no Jornal do Carro, uma nova safra de SUVs compactos está a caminho do Brasil. São modelos menores, com cerca de 4 metros de comprimento, que vão, pouco a pouco, formar um novo segmento de entrada abaixo dos atuais SUVs compactos, como Hyundai Creta, Nissan Kicks, Honda HR-V e Jeep Renegade.


Para esta nova categoria de SUVs, a Hyundai avalia trazer não o Bayon, mas o Venue, um SUV menor do que o Creta que já é vendido no Oriente. O modelo inclusive foi flagrado em São Paulo e está em testes.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”