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Stellantis vai fazer picape RAM inédita no Brasil para brigar com Hilux e S10
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Stellantis vai fazer picape RAM inédita no Brasil para brigar com Hilux e S10

Bem maior que a Fiat Toro, nova picape da RAM terá chassi em monobloco e será feita no Brasil. Lançamento está previsto para 2024

Diogo de Oliveira, Especial para o Estado

09 de abr, 2021 · 4 minutos de leitura.

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RAM 1500
Stellantis trabalha atualmente no Projeto 291, que dará origem a uma inédita picape média da RAM a ser produzida em Pernambuco até 2024
Crédito:RAM/Divulgação

Depois de apostar alto nos SUVs da Jeep, chegou a vez da RAM. A Stellantis está desenvolvendo uma nova picape média da marca do cabrito montês para rivalizar com medalhões como Chevrolet S10 e Toyota Hilux. O inédito modelo terá chassi em monobloco e será feito no Brasil, com estreia prevista para 2024. As informações são do Autos Segredos.

Internamente, a Stellantis trata o novo produto como “Projeto 291”. Segundo o Autos Segredos, a inédita picape será razoavelmente maior do que a Fiat Toro, para disputar vendas com as médias. Mas nascerá da base em monobloco Small Wide, bem como terá visual semelhante ao da RAM 1500, que estreou no começo deste ano no Brasil.

Lançamento previsto para 2024

Embora o “Projeto 291” já esteja em andamento, a picape nacional da RAM ainda vai demorar a chegar. Assim, previsão é de que o modelo chegue somente em 2024. A produção será na fábrica de Goiana, em Pernambuco, onde são produzidos atualmente os SUVs Renegade e Compass, da Jeep, além da picape Toro, da Fiat.

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RAM 1500
RAM/Divulgação

Assim, a nova picape será o sexto modelo da unidade pernambucana da Stellantis. No fim deste ano, a Jeep vai lançar o Commander, seu SUV de 7 lugares baseado no novo Compass. Depois, a Fiat vai lançar o SUV da Toro, que surgiu no Salão de São Paulo de 2018 com o conceito Fastback. Este será o SUV-cupê da Fiat.

Primeira picape RAM nacional

Segundo o Autos Segredos, a picape do Projeto 291 será o primeiro modelo nacional da RAM. O nome não está definido, mas há chances de a marca adotar a alcunha RAM 1250, dentro da escala atual, que começa na RAM 750 (derivada da Fiat Strada) e segue com a RAM 1000 (que é a Toro). Contudo, esta é apenas uma possibilidade no momento.


1500
RAM/Divulgação

Uma possibilidade mais remota, porém nostálgica, seria resgatar o nome Dakota, que batizou a picape média produzida no Paraná entre o fim dos anos 1990 e o início dos anos 2000. O modelo usava o escudo da Dodge, que, nos últimos anos, passou a fazer apenas muscle-cars, e deixou as picapes para a RAM, e os SUVs para a Jeep.

Só motor a diesel e tração 4×4

De acordo com o Autos Segredos, a futura picape nacional da RAM terá só motor a diesel. Entretanto, não está definido qual será a mecânica. A Stellantis vai lançar em breve a atualização do 2.0 turbo usado nas versões 4×4 de Compass, Renegade e Toro. Este motor é a escolha mais óbvia, sobretudo com o ganho de potência, que vai superar os 200 cv.




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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.