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Toyota vai produzir peças genuínas do Land Cruiser, nosso Bandeirante
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Toyota vai produzir peças genuínas do Land Cruiser, nosso Bandeirante

Para comemorar os 70 anos do clássico SUV, Toyota reproduzirá componentes para mecânica em geral como motores, transmissão e direção

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

08 de ago, 2021 · 6 minutos de leitura.

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Toyota
Toyota Bandeirante foi produzido por quase 40 anos em São Bernardo do Campo (SP)
Crédito:Toyota/Divulgação

Quem tem carro muito antigo sabe que não é fácil encontrar certas peças. Dentre elas, alguns componentes que são funcionais e necessários para manter os veículos em dia. Pois a Toyota anunciou que vai produzir peças de reposição do clássico Land Cruiser Série 40. O SUV raiz foi feito e vendido no Brasil, com o nome Bandeirante, até 2001.

Dessa forma, a ação – que cria a divisão GR Heritage Parts Project – busca fornecer peças genuínas aos donos do antigo Bandeirante, para que eles mantenham seus SUVs em condições originais. A novidade faz parte das comemorações de 70 anos do icônico utilitário esportivo da marca japonesa – completos no último domingo, 1º de agosto.

Toyota
Toyota/Divulgação

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Queridinho dos “jipeiros” até hoje, o Land Cruiser foi sucesso de público e crítica desde sua chegada, na década de 1950. À época, passou a ter produção local. Aliás, a única fábrica da Toyota fora do Japão. E é justamente para não deixar essa clientela órfã que a Toyota Gazoo Racing decidiu reproduzir as peças mais procuradas para o modelo.

O objetivo é vende-las como peças originais para donos de exemplares do clássico. Há, inclusive, colaboração especial com fornecedores.

Processo

A empresa realizou pesquisas preliminares com revendedores exclusivos Land Cruiser. E com representantes de fã-clubes de todo o mundo. A ideia era entender os reais anseios dos proprietários do velho Bandeirante. Como resultado, avançam os preparativos para a fabricação de componentes. Principalmente os relacionados aos sistemas de direção e freios.


De acordo com a Toyota, dentre as peças estarão ainda componentes para motores. Bem como linhas de transmissão e sistemas de escapamento. Sem precisar data, a marca informa que “os produtos ficarão disponíveis no mercado mundial conforme forem feitos”. A previsão dos primeiros produtos, no entanto, fica para o início do ano que vem.

Toyota
Toyota/Divulgação

Outros planos da Toyota

Além disso, a Toyota Gazoo Racing está preparando um questionário em seu site. Lá, os clientes podem enviar pedidos de reprodução. Este feedback será usado pela fabricante com base as próximas reproduções. Para isso, o cliente deve detalhar ano, modelo e versão do veículo.


A promessa é não ficar só nisso. Afinal, a marca quer expandir o negócio para além da Série 40. Nesse ínterim, a montadora pretende colocar em discussão a reprodução de peças para gerações produzidas posteriormente. Ou seja, até mesmo os Bandeirante mais novos poderão ser contemplados com a novidade.

Oficina de restauração JLR
Jaguar Land Rover/Divulgação

Land Rover tem restauração de Defender no Brasil

Em maio deste ano, a Jaguar Land Rover lançou no Brasil uma inédita oficina de restauração para veículos clássicos das marcas inglesas. A nova unidade fica na fábrica de Itatiaia, no sul do Rio de Janeiro. Lá foi feito um espaço com 900 m² para receber até 12 modelos simultaneamente. São 6 baias individuais, área de desmonte, oficina de motores e pintura.


A restauração de clássicos por especialistas das marcas é um serviço comum na Europa. Sobretudo com modelos de luxo de Ferrari, Lamborghini, Porsche e da própria Jaguar Land Rover. Entretanto, a oficina no Brasil é a primeira da empresa na América Latina.

O primeiro veículo reconstruído pela oficina de restauração em Itatiaia foi um Land Rover Defender 110 de 1996. O SUV teve toda a parte externa, o interior, bem como a mecânica totalmente recuperados. Antes de iniciar o processo, a equipe entrevistou o cliente. Dessa maneira, pode entender as particularidades do carro, a sua história e as preferências na restauração.

A oficina de restauração da JLR já operar oficialmente desde então. Por ora, a montadora não diz quantos clássicos estima recuperar neste primeiro ano da operação. Entretanto, por ser única na América Latina, é possível que a clínica receba até carros vindos do exterior. Isso, claro, quando a pandemia da Covid-19 perder força.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.