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VW Virtus 2023 começa a ser produzido na Índia e logo virá ao Brasil
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VW Virtus 2023 começa a ser produzido na Índia e logo virá ao Brasil

Virtus 2023 terá reestilização de meia vida e será mais tecnológico; sedã da VW deve chegar ainda neste ano no Brasil ao lado do seu renovado irmão Polo

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

12 de abr, 2022 · 5 minutos de leitura.

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Volkswagen Virtus
VW Virtus reestilizado deve chegar no Brasil o início de 2023
Crédito:Divulgação/Volkswagen

O VW Virtus 2023 já está sendo produzido na Índia. Porém, as vendas só começam em junho. Logo depois, o Brasil também passará a fazer o sedã atualizado. Aliás, aqui a marca pretende fazer com que o modelo se descole do Polo. Portanto, a ideia é que o novo carro ocupe o lugar do Voyage. Seja como for, o Virtus indiano antecipa as mudanças que serão feitas no VW brasileiro.

Na Índia, o novo Virtus terá duas opções de motor. O 1.0 turbo. O três-cilindros produz 114 cv de potência e 17,8 mkgf de torque e será oferecido nas versões mais baratas. Nessas, o câmbio poderá ser manual ou automático de seis marchas. Ao passo que a GT trará o 1.5 TSI Evo, que gera 150 cv e 25,5 mkgf. Essa variante será gerenciada pelo câmbio automatizado de sete marchas e dupla embreagem e tem sistema de desativação de cilindros. Assim, o consumo de gasolina é reduzido.

VW Virtus 2023
Divulgação/VW

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A Volkswagen não revelou a estratégia de lançamento do Virtus no Brasil. Seja como for, o novo sedã já foi flagrado em testes. Mas, com o fim do Voyage 1.6 MSI, que não atende as regras do Proconve L7, o sedã do Polo deve ocupar esse espaço. Por ora, a expectativa é de que o novo carro chegue ao País no segundo semestre. Ou seja, juntamente com o Polo também renovado. Vale lembrar que, com a recente disparada de preços, o Virtus de topo, GTS com motor 1.4 turbo, está na faixa dos R$ 150 mil.



Novo visual da VW

A atualização visual de meia vida do Virtus não é drástica. O destaque é a dianteira, que ganhou novos faróis com luzes de LEDs. A grade ficou mais fina e tem acabamento em preto brilhante com filetes cromados. Uma completa renovação foi feita no para-choque. O desenho lembra o do irmão Nivus, com entradas de ar maiores que abrigam as luzes de neblina.

Atrás, o sedã compacto ganhou lanternas atualizadas. Com desenho interno novo, o formato das lentes não mudou. O para-choque tem acabamento preto e frisos cromados na parte inferior. Por fim, a tampa do porta-malas, que mantém os 521 litros de capacidade, traz defletor de ar preto. Além disso, o nome Virtus está escrito na base da tampa.


Interior tecnológico

Volkswagen/Divulgação

Ao mesmo tempo, o novo Virtus deve ficar mais bem equipado. No modelo indiano, há carregador de smartphone por indução, teto solar, bancos dianteiros ventilados e painel de instrumentos digital com tela de 8 polegadas. A da central multimídia tem 10″. O sistema tem conexão sem fio com Android Auto e Apple CarPlay. Na parte de segurança, há seis air bags e controle de estabilidade.

Por sua vez, a cabine recebeu alterações no acabamento e painel. O que mais chama atenção é o novo volante. Bem como a alavanca de câmbio, controle dos faróis e comandos do ar-condicionado digital. Na versão GT, de topo da linha, há opções diferenciadas, com itens pretos e vermelhos.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”