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Patentes na Argentina revelam o novo VW Polo que será feito no Brasil
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Patentes na Argentina revelam o novo VW Polo que será feito no Brasil

Novo Volkswagen Polo 2023 herda dianteira do modelo europeu, mas traseira tem mudanças sutis; hatch terá versão com 105 cv de potência

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

18 de jul, 2022 · 5 minutos de leitura.

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Peça importante para Volkswagen, novo Polo 2023 deve estrear em meados de agosto
Crédito:Reprodução

Os desenhos industriais do novo Volkswagen Polo 2023 foram publicados pelo departamento de patentes da Argentina, e revelam as principais mudanças feitas no hatchback. Na dianteira, por exemplo, o compacto herda o visual do Polo na Europa. Entretanto, por aqui, terá faróis mais simples. Além disso, há um novo para-choques com entradas de ar maiores, bem como luzes de neblina mais compactas e integradas ao nicho central.

Por sua vez, a traseira muda menos. Ao contrário dos faróis, que lembram os do hatch europeu, o conjunto óptico traseiro vai manter as formas atuais e ganhar novo desenho interno de LEDs. Outra novidade é no sistema de iluminação inteligente IQ.Light, que estreou no SUV Taos e equipará o novo Polo na versão de topo. No mais, a julgar pelos desenhos, o carro vai ganhar novo para-choques com faixas refletivas.

VW Polo
Reprodução

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Vale dizer que o Polo 2023 será uma peça importante para a Volkswagen, que vem enfrentando tempos difíceis no mercado. Portanto, o compacto vai trazer novidades na cabine, como um novo cluster para os comandos do ar-condicionado, além do volante que estreou no crossover Nivus, bem como a central multimídia VW Play com tela de 10 polegadas, que enfim terá internet própria. Até agora, não há imagens do interior.



Motor do UP!

Com os limites de emissões do Proconve L7 mais rigorosos desde janeiro, o novo Polo usará o motor 1.0 turbo flex de três cilindros que era do UP! TSI. Assim, terá o mesmo desempenho, com até 105 cv de potência e 16,8 mkgf de torque, e câmbio manual de cinco marchas. Com essa adoção, o compacto deve abandonar o motor 1.0 MPI flex de até 84 cv, que ficará para o Polo Track. E não terá o 1.6 MSI flex de até 117 cv com câmbio automático.

Volkswagen Polo
Volkswagen/Divulgação

Dito isso, espera-se que o Polo conte com o novo 1.0 170 TSI como opção de entrada. Logo acima, virá com o 1.0 turbo TSI atual, com até 128 cv e 20,4 mkgf de torque conectado a um câmbio automático. Por outro lado, a versão esportiva GTS deve permanecer com o 1.4 turbo de 150 cv. No entanto, esta pode não deve chegar no mercado agora.

Hatch econômico

Com lançamento previsto para agosto deste ano, a linha 2023 do Polo já tem os dados de consumo revelados pelo Programa de Etiquetagem Veicular do Inmetro (PBVE). A marca alemã quer tornar o hatch e o sedã Virtus os mais econômicos do País com motor 1.0 turbo flex. Mas a tabela do Inmetro diz que o primeiro lugar é do sedã Chevrolet Onix Plus, que faz 16,9 km/ com gasolina na estrada com câmbio manual de 6 marchas.

híbrido
Volkswagen/Divulgação

Mas, os números obtidos pelo novo Polo vêm na cola do rival. Isso porque o hatch da Volkswagen faz até 16,5 km/l com o combustível fóssil em ciclo rodoviário. Já na cidade, o consumo é de 13,8 km/l. Com etanol, as médias ficam em 11,6 km/l e 9,6 km/l, na ordem. Com esses resultados, o Polo tem Nota A de consumo na categoria, e nota B no ranking geral, que soma os carros híbridos e elétricos – todos com consumos acima da média dos carros flex.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”