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GWM vende mais Haval H6 que Corolla Cross e terá elétricos no Brasil
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GWM vende mais Haval H6 que Corolla Cross e terá elétricos no Brasil

Após estrear no Brasil com a Haval, a GWM confirma que a submarca ORA estará entre os 10 modelos prometidos pela montadora para o Brasil

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

05 de jun, 2023 · 5 minutos de leitura.

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GWM
ORA é submarca da GWM focada em carros elétricos
Crédito:ORA Funk Cat - Divulgação

Aos poucos, a Great Wall Motors (GWM) está se estabelecendo no Brasil. Por aqui, a montadora chinesa já trabalha com a submarca Haval, que conta com o SUV H6 em versão híbrida e híbrida plug-in. Segundo Oswaldo Ramos, chefe comercial da GWM do Brasil, foram emplacados 960 unidades da linha Haval, número superior ao do Corolla Cross em sua versão híbrida flex. Feito em Sorocaba (SP), o SUV da Toyota é o híbrido mais vendido do Brasil.



Haval H6 GT: SUV híbrido da GWM roda 1.000 km com um tanque

Mas isso não é problema para a GWM, afinal, a montadora chinesa comprou a fábrica que era da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP). Aliás, a GWM está prestes a lançar uma submarca de carro elétricos no Brasil, a ORA. A confirmação veio no podcast #ElectricDays, do site InsideEVs. Durante o episódio, Oswaldo Ramos, confirmou que a ORA terá modelos entre os 10 lançamentos prometidos pela montadora no País.

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Vale lembrar que a submarca é fruto de uma parceria entre a GWM e a alemã BMW na China. Por lá, é famosa pela nomenclatura que remete ao nome ‘gato’, muito usada no País asiático e em outros mercados. Os modelos incluem, por exemplo, o Good Cat, Funky Cat e Punk Cat – este último um clone elétrico do VW Fusca! Entretanto, os nomes devem mudar no Brasil. Isso porque, de acordo com Ramos, por aqui os carros serão identificados por siglas.

GWM
Ora Ballet Cat – Divulgação/GWM

GWM vai lançar 10 veículos no Brasil

Até o momento, a GWM não revelou que modelos virão ao Brasil. Uma das apostas é o Ora Good Cat. Trata-se de um hatch elétrico que, inclusive, tem desenhos registrados no Brasil. Segundo a marca, o modelo conta com 4,23 metros de comprimento e 2,65 m de distância entre-eixos. Ou seja, é maior que o Peugeot e-208.


Sob o capô, o hatch chinês traz um motor elétrico que pode alcançar 145 cv ou 173 cv de potência, a depender da versão. As opções de bateria são de 49 kWh e de 63 kWh. Dessa forma, o Good Cat consegue alcançar uma velocidade máxima de 160 km/h. A autonomia, por sua vez, é de 400 km (no ciclo chinês CATL).

ORA Punk Cat Fusca elétrico
Newspress

Marca ORA tem clone elétrico do Fusca

Entretanto, o Good Cat não é o modelo mais famoso da ORA. Mas sim o Punk Cat, que o Jornal do Carro já mostrou por aqui. O modelo tem inspiração no Fusca do fim dos anos 1960. Estão lá, por exemplo, o capô em arco envolvido pelas grandes e abauladas caixas de rodas. E a pintura estilo “saia e blusa”, que, no modelo chinês, combina verde escuro e branco. O hatch elétrico surgiu pela primeira fez no Salão de Xangai de 2021.


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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.