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Volvo EX30, Kia EV9 e Equinox EV: veja 5 SUVs elétricos que chegam até 2024
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Volvo EX30, Kia EV9 e Equinox EV: veja 5 SUVs elétricos que chegam até 2024

Volvo EX30 e EX90, Kia EV6, VW ID.4 e a dupla da GM Blazer EV e Equinox EV prometem agitar o mercado de SUVs elétricos no Brasil a partir do ano que vem

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

14 de jun, 2023 · 8 minutos de leitura.

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SUV da Volvo puxará a fila de lançamentos em 2024, com pré-vendas iniciadas no Brasil em setembro deste ano e chegada em 2024
Crédito:Vagner Aquino/Jornal do Carro

De carona na recente apresentação da Volvo, que revelou o SUV compacto EX30, o Jornal do Carro traz a lista dos principais lançamentos que a categoria terá em 2024. A própria marca sueca, por exemplo, promete trazer também o EX90; a Kia vai atacar com o inédito EV9; e a GM, que ignora os híbridos, virá com dois SUVs elétricos no ano que vem.



Mas, antes de falar dos demais lançamentos, vale contextualizar o EX30. Apresentado em Milão (onde o Jornal do Carro esteve presente, leia aqui), o EX30 será o SUV mais barato da Volvo. Ou seja, ficará abaixo do XC40 Recharge, de quase R$ 330 mil. De acordo com os executivos da fabricante, o modelo vai incomodar até mesmo SUVs a combustão de marcas como Jeep, por exemplo. Assim, deve ter preço inicial entre R$ 230 mil e R$ 250 mil.

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Volvo EX30 (Vagner Aquino/Jornal do Carro)

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Assim, a Volvo pretende conquistar a clientela que quer migrar para o segmento premium e, ao mesmo tempo, experimentar a eletrificação. No mercado brasileiro, o EX30 contará apenas com um motor elétrico traseiro, com potência equivalente a 276 cv. Mas terá dois tipos de baterias. Uma delas é do tipo LFP, que combina fosfato de ferro e íons-de-lítio. E a outra, do tipo NMC, com lítio, níquel, manganês e cobalto, tem alcance estendido.

A primeira delas tem autonomia de 350 km, enquanto a segunda alcança 480 km. Já a aceleração de zero a 100 km/h leva 5,7 segundos – ou 5,3 s com a bateria NMC. Outro destaque é a a velocidade de carga, que pode chegar até 153 kW, a depender da versão. Isso significa que a recarga da bateria entre 10% e 80% poderá ser feita em pouco mais de 25 minutos. Confira abaixo os cinco SUVs elétricos premium que virão ao Brasil no ano que vem.

Os SUVs elétricos que chegam ao Brasil em 2024

Volvo EX90

A Volvo também vai lançar no Brasil o EX90, e logo no início de 2024. Com capacidade para sete ocupantes, o SUV elétrico (substituto do atual XC90) terá diversos recursos tecnológicos ultra modernos. Por exemplo, entre as novidades, vai avançar na condução autônoma. Além disso, modelo terá um conjunto exclusivo de oito câmeras, cinco radares, 16 sensores ultrassônicos e um sensor LiDAR de última geração. Assim, será o Volvo mais seguro da história.


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Volvo EX90 é o sucessor do atual XC90 (Volvo/Divulgação)

O substituto do XC90 tem tração integral e dois motores elétricos que, juntos, somam 517 cv de potência e 92,8 mkgf de torque máximo. A promessa é percorrer até 600 km com apenas uma carga. O pacote de baterias tem 111 kWh. Por fim, de acordo com a Volvo, o EX90 poderá recuperar de 10% a 80% da carga em 30 minutos em estações de alta potência.

Chevrolet Blazer EV e Equinox EV

A General Motors, que quer lançar 30 novos veículos elétricos nos próximos anos, já confirmou o lançamento de dois SUVs movidos a baterias em 2024. Trata-se do Blazer EV e do Equinox EV. A dupla virá no ano que vem ao Brasil sobre a nova arquitetura da fabricante, batizada de Ultium.


Blazer EV e Equinox EV
Chevrolet Equinox EV, à direita, e Blazer EV à esquerda (Chevrolet/Divulgação)

O Blazer EV virá do México. De acordo com a GM, o SUV vai gerar potência equivalente a 560 cv. Além disso, a bateria terá alcance de 530 km. Já o Equinox EV será o elétrico mais barato da Chevrolet e vai substituir o atual Bolt EV. Com motor elétrico de 294 cv, ainda não tem preço, mas espera-se que fique abaixo do hatch e crossover Bolt EUV – que estreou em maio com tabela de R$ 280 mil. Cabe lembrar que ambos sairão de linha até o fim deste ano.

Kia EV9

A Kia ainda nem lançou o EV6 no Brasil, mas promete o EV9 para 2024. O SUV elétrico, que usa a base E-GMP da Hyundai, tem sete lugares e bateria para rodar até 540 km. Revelado em março deste ano, o modelo será oferecido com duas opções de motorização. Como padrão, bateria de 76,1 kWh e propulsor elétrico de 218 cv. Contudo, tem uma bateria opcional, de 99,8 kWh, atrelada a dois motores que geram até 384 cv de potência. Portanto, tem tração nas quatro rodas. Poderá ser recarregado de 10% a 80% em menos de 25 minutos.


Kia EV9 elétrico SUV de 7 lugares
Kia EV9 (Kia/Ho Sung Song)

VW ID.4

Embora já tenha protelado bastante, a entrada da Volkswagen do Brasil na era dos carros elétricos enfim vai acontecer. A mais recente promessa da marca é lançar o SUV ID.4 por aqui no segundo semestre deste ano. Assim, o SUV da linha ID será o primeiro elétrico da fabricante alemã à venda no País.

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VW ID.4 (Diogo de Oliveira/Estadão)

Assim como o hatch ID.3, o ID.4 conta com um pacote de baterias de 58 kWh que fica no assoalho. Já o motor elétrico fica no eixo traseiro e gera potência de 204 cv e um torque máximo de 31,6 mkgf. Contudo, a versão AWD – que adiciona um motor no eixo dianteiro e usa baterias de 82 kWh – tem potência de 300 cv e, segundo a VW, percorre entre 386 km e 522 km com uma carga completa. Além do ID4, a marca deverá lançar a ID.Buzz, a Kombi elétrica, em 2024.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.