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Antes da volta do imposto, venda de híbridos e elétricos bate recorde
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Antes da volta do imposto, venda de híbridos e elétricos bate recorde

Foram emplacados mais de 10 mil carros eletrificados no último mês; dezembro deve registrar crescimento por eventual aumento nos preços

Thais Villaça, Especial para o Jornal do Carro

07 de dez, 2023 · 5 minutos de leitura.

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BYD Song Plus
BYD Song Plus é um dos carros equipados com as baterias que podem vazar
Crédito:Diogo de Oliveira/Estadão

Com a volta da cobrança do imposto de importação para veículos eletrificados de forma gradativa a partir de janeiro, a venda de carros híbridos e elétricos bateu recorde em novembro. De acordo com dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), foram 10.601 emplacamentos nesse segmento no último mês.

Mas a previsão é de que essa marca seja superada em dezembro, já que é o último mês para garantir o modelo eletrificado desejado antes que ele fique mais caro. Desse modo, vale lembrar que, desde 2015, a taxação era extinta para elétricos e chega a até 4% para os híbridos. A alíquota para a categoria, entretanto, começará em 10% (elétricos) e 12% (híbridos) e chegará a 35% em 2026.



Assim, os eletrificados vão sofrer um aumento de preço já a partir do ano que vem, e devem continuar subindo conforme as porcentagens do imposto de importação cresçam. A Volvo, por exemplo, já anunciou o quanto sua linha encarecerá a partir do próximo mês.

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Volvo/Divulgação

Vendas de híbridos e elétricos em alta

A BYD continua sendo destaque na categoria. Além de ter conquistado a liderança de vendas entre os híbridos com o Song Plus, com mais de 1.500 unidades vendidas, ocupou sozinha o pódio do ranking de elétricos com Dolphin, Dolphin Plus e Yuan Plus nas três primeiras colocações, respectivamente. A GMW também se destacou com o Haval H6, já que suas três versões somadas emplacaram 1.241 unidades. As duas marcas terão fábrica no Brasil entre 2024 e 2025. Confira abaixo quais foram os modelos mais vendidos de cada categoria.

Com a chegada de novos modelos com eletrificação no mercado, as vendas no segmento também dispararam. Em relação a novembro de 2022, o crescimento foi de 112% no número de emplacamentos, ou seja, mais que dobrou. Bem como no acumulado do ano, no qual foram vendidas 77.648 unidades, aumento de 78% sobre o mesmo período do ano passado, com 43.658 registros. A estimativa, contudo, é de que 2023 feche o ano com 90 mil novos veículos híbridos e elétricos rodando pelas ruas brasileiras.


GWM Haval H6 Premium HEV
GWM/Divulgação

10 híbridos mais vendidos em novembro (em unidades)

  • 1 – BYD Song Plus – 1.523
  • 2 – Toyota Corolla Cross XRX Hybrid – 909
  • 3 – Caoa Chery Tiggo 8 – 655
  • 4 – GWM Haval H6 HEV – 616
  • 5 – Toyota Corolla Premium – 554
  • 6 – GWM Haval H6 GT – 472
  • 7 – Volvo XC60 – 176
  • 8 – BMW X5 – 166
  • 9 – GWM Haval H6 PHEV – 153
  • 10 – Caoa Chery 5x Pro – 152
Renault/Divulgação

10 elétricos mais vendidos em novembro (em unidades)

  • 1 – BYD Dolphin – 1.373
  • 2 – BYD Dolphin Plus – 321
  • 3 – BYD Yuan Plus – 286
  • 4 – Volvo XC40 – 172
  • 5 – Volvo C40 – 135
  • 6 – BMW iX1 – 116
  • 7 – BYD Seal – 81
  • 8 – Mini Cooper S Electric – 55
  • 9 – Renault Megane E-Tech – 50
  • 10 – GWM Ora 03 GT – 41

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.