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Volvo define aumento de preços dos carros em 2024 com volta de imposto
Mercado

Volvo define aumento de preços dos carros em 2024 com volta de imposto

Com novo presidente no Brasil, Volvo confirma próximos lançamentos e detalha ajuste de preços com taxa de importação para elétricos e híbridos

Diogo de Oliveira

06 de dez, 2023 · 5 minutos de leitura.

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Volvo EX30
Em pré-venda desde setembro, novo SUV Volvo EX30 já acumula 2.000 reservas no Brasil
Crédito:Volvo/Divulgação

A Volvo Car tem um novo presidente no Brasil. O ex-diretor financeiro, Marcelo Godoy, há oito anos na empresa, assume o lugar de Luiz Rezende, agora chefe do núcleo Global Importers, que reúne 60 países no mundo. Pois, logo em sua estreia, Godoy revelou os lançamentos da marca para 2024 e 2025. Entre junho e julho, chega ao País o EX30, novo SUV elétrico de entrada, que está em pré-venda desde setembro com preço a partir de R$ 219.950.

Segundo a Volvo, o modelo já acumula 2 mil reservas no País. Assim, será o principal responsável por mais que dobrar as vendas da montadora no próximo ano. A meta é ousada: emplacar 17 mil carros no Brasil. Isso em um segmento premium que, atualmente, vende cerca de 45 mil carros somando todas as marcas. Além do EX30, o EX90, novo SUV de topo de linha, que também é elétrico, chegará no fim de 2024. Os dois são produzidos China.

Volvo EX30: aceleramos o novo SUV elétrico em Barcelona

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Taxa de importação vai aumentar preços

Em 2023, entre janeiro e novembro, a Volvo emplacou 7.119 veículos no País. Um recorde para a marca. Entretanto, com o EX30, a montadora sueca projeta voos bem mais altos no mercado brasileiro. Isso mesmo com o retorno da taxa de importação para veículos eletrificados a partir de janeiro. Tal como o Jornal do Carro detalhou, o tributo voltará a incidir sobre elétricos e híbridos em 2024, de forma gradativa, após decisão do governo federal.

Na Volvo, o impacto nos preços está definido. Segundo Marcelo Godoy, a marca vai abrir mão de parte da margem de lucro para continuar a crescer a operação no País. Assim, fará um reajuste menor que o percentual das alíquotas. Por exemplo, os carros a bateria (BEVs) terão alta média de 7%, enquanto os híbridos plug-in (PHEV) ficarão 10% mais caros. Se repassasse fosse de 100% do imposto, os aumentos seriam de 19% e 21%, respectivamente.

Volvo EX30
Volvo/Divulgação

Na prática, significa que todos os carros da Volvo ficarão mais caros a partir de janeiro. Inclusive o EX30, que ainda nem chegou às lojas. Aliás, mesmo quem já reservou o modelo terá de pagar mais. No caso do novo SUV de entrada, o reajuste será de 5%. Dessa forma, vai subir de R$ 220 mil para cerca de R$ 232 mil, considerando o valor atual de pré-venda. Já a versão topo de linha, que tem tabela de R$ 279.950, passará a R$ 294 mil.

Volvo XC60 e XC90
Volvo/Divulgação

Taxa de importação X Reajuste na linha Volvo

A partir de janeiro, os carros elétricos e híbridos ficarão mais caros. Conforme o decreto do governo, os veículos a bateria pagarão 10% de taxa de importação, percentual que subirá para 18% em julho. Já os híbridos pagarão taxa de 12% a partir do próximo mês, e de 20% de julho em diante. Ou seja, a montadora sueca vai aplicar um percentual bem menor em seus modelos como forma de não perder volume e participação.


  • EX30 – Aumento de 5%
  • C40 e XC40 – Aumento de 10%
  • XC60 e XC90 – Aumento de 10%

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.