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Nissan terá picape rival da Toro e carro elétrico acessível no Brasil
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Nissan terá picape rival da Toro e carro elétrico acessível no Brasil

Durante evento, na Índia, Nissan divulgou intenção de produzir picape com a base da Renault Niagara Concept, revelada em outubro

Vagner Aquino, especial para o Estadão

20 de dez, 2023 · 4 minutos de leitura.

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Nissan
Compacto pode dar origem ao novo Renault Kwid E-Tech
Crédito:Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi/Divulgação

No mês de outubro a Renault apresentou, no Brasil, a Niagara Concept. Na ocasião, reservada para a avant-première do SUV compacto Kardian, a picape surgiu, pela primeira vez, como protótipo, com a ideia de se tornar rival de Fiat Toro e companhia. Agora, a Nissan, que pertence ao mesmo grupo da montadora francesa, vai pegar carona e também lançar o seu exemplar. Ficará, portanto, abaixo da Frontier no portfólio da marca. A afirmação foi feita durante um evento, na Índia.



Fabricada em Santa Isabel (Argentina), a picape da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi terá base na plataforma modular CMF-B. Salvo o porte, ainda não se sabe absolutamente nada sobre o modelo. Entretanto, arrisca-se dizer que a Renault Niagara pode ditar as regras quanto ao visual e motorização. Cabe recordar que o conceito mede 4,90 metros de comprimento e 3 metros de entre-eixos. Na motorização, propulsor a combustão auxiliado por uma unidade elétrica de 48V. Acredita-se, contudo, que venha com o novo 1.0 turbo anunciado no Kardian – e a Nissan deverá adotar na nova geração do Kicks.

NIssan
Picape Niagara será substituta da Oroch (Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi/Divulgação)

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Em síntese, nada de motor a diesel. Afinal, a lei brasileira determina que esse tipo de combustível só pode rodar em veículos com capacidade de carga igual ou superior a uma tonelada – as novatas terão meia tonelada.

Renault Niagara picape novo Duster
Picape conceito Niagara adianta futuro modelo da Renault (Vagner Aquino/Especial para o Estadão)

Elétrico acessível

E a picape não foi o único modelo apresentado durante o evento. Em síntese, a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi anunciou dois compactos elétricos de entrada. Bem como a nova picape, a estrutura compartilhada também é realidade no elétrico pela fabricante japonesa e pela francesa. Seja como for, na apresentação, tanto a Nissan quanto a Renault não falaram sobre as novidades.


Por fim, apenas sabe-se que se trata de um modelo no segmento A. O compacto utilizará a plataforma CMF-AEV – como no Renault Kwid E-Tech. O destino final é a América Latina e a Índia, afirma a empresa.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.