Primeira Classe

Vendas: Land Rover encosta na Audi

No mercado de luxo, Land Rover e Audi ficaram empatadas no ranking de vendas de fevereiro

Rafaela Borges

02 de mar, 2018 · 4 minutos de leitura.

Land Rover e Audi" >
Land Rover e Audi
Crédito: Montadoras venderam 480 unidades cada uma, em fevereiro (Foto: Rafael Arbex/Estadão)

Land Rover e Audi terminaram o mês de fevereiro empatadas no ranking de vendas. As duas montadoras registraram, cada uma, 480 emplacamentos no mercado brasileiro.

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Ambas, portanto, ocuparam a terceira posição no ranking de vendas de marcas de luxo. O primeiro lugar ficou com a Mercedes-Benz, com 756 emplacamentos.

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A BMW, segunda colocada, somou 588 unidades emplacadas.

No primeiro bimestre do ano, a disputa entre Land Rover e Audi promete esquentar. Por enquanto, a alemã ainda leva vantagem.

A Audi somou, em janeiro e fevereiro, 1.157 unidades vendidas. São 169 exemplares de vantagem ante a Land Rover, que teve 988 emplacamentos.


Land Rover e Audi estão também, no acumulado do ano, atrás de Mercedes-Benz e BMW.

A Mercedes somou 1.582 emplacamentos em janeiro e fevereiro. A BMW teve 1.345 unidades vendidas. Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

RAZÕES 


Não foi a Land Rover que registrou um crescimento acima do normal no período. Foi a Audi que perdeu espaço.

Desde que perdeu o primeiro lugar do ranking de marcas de luxo, há cerca de dois anos, a Audi vem sofrendo para acompanhar Mercedes-Benz e BMW.

No primeiro bimestre de 2018, a principal razão da queda foi o retrocesso no nível de emplacamentos do Q3. O SUV já foi o carro de luxo mais vendido do Brasil.


Em fevereiro, porém, o Q3 foi apenas o nono carro de luxo mais vendido do Brasil. Ele somou 121 emplacamentos. Além disso, o Audi mais bem posicionado nesse ranking, o A3 Sedan, ocupou o quarto lugar.

Na disputa entre Land Rover e Audi, o mérito da inglesa, que tem menos modelos, foi colocar seus SUVs em posições melhores. O Discovery foi o carro de luxo mais vendido do Brasil em fevereiro.

O Evoque, por sua vez, foi o sétimo colocado.


 

OS CARROS DE LUXO MAIS VENDIDOS EM FEVEREIRO

1º Land Rover Discovery/Discovery Sport – 262 exemplares
2º Mercedes-Benz Classe C – 257
3º BMW X1 – 254
4º Mercedes-Benz GLA – 214
5º Volvo XC60 – 190
6º BMW Série 3 – 165
7º Land Rover Range Rover Evoque – 134
8º Audi A3 Sedan – 124
9º Audi Q3 – 121
10º Mercedes-Benz CLA – 88


VEJA TAMBÉM: OS 20 CARROS MAIS VENDIDOS DO BRASIL EM FEVEREIRO

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”