O sedã Chevrolet Prisma não é o principal responsável pela liderança de sua montadora no mercado brasileiro. Esse papel cabe ao Onix, que tem ampla vantagem ante a concorrência – embora um pouco menor que a registrada em 2017.
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No entanto, o sedã Chevrolet Prisma sempre foi importante na estratégia da marca. Afinal, com ele, a montadora vinha liderando dois dos três principais segmentos de carros do Brasil.
No primeiro trimestre deste ano, o Prisma, tradicional líder dos sedãs compactos, foi ainda melhor que em 2017. Em dois meses seguidos, foi o quarto carro mais vendido do Brasil.
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Nesse período, foi por muito pouco que o sedã Chevrolet Prisma não ultrapassou o Polo no acumulado do ano. Porém, depois disso, a “sorte” do três-volumes começou a mudar.
O Prisma vem registrando quedas de vendas nos últimos meses. Em julho, ele já corre o risco de ficar de fora da lista dos vinte mais vendidos.
A queda do Prisma começou em maio, mês em que ele foi o oitavo carro mais vendido do Brasil. Em junho, veio um resultado pior: 15º lugar no ranking de emplacamentos.
Além disso, naquele mês, ele perdeu para o Virtus o primeiro lugar no segmento de sedãs compactos.
Já na primeira quinzena de julho, o sedã Chevrolet Prisma apareceu apenas na 20ª colocação do ranking de vendas.
Desta vez, não foi só do Virtus que ele ficou atrás. O modelo também foi ultrapassado pelo Cronos.
Além disso, o 21º e o 22º colocados na quinzena (Kicks e Hilux, respectivamente) estão bem próximos do sedã Chevrolet Prisma em vendas. Há chances de ultrapassagem – nesse caso, tirando o modelo do grupo dos “vinte mais”.
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Sedã Chevrolet Prisma no acumulado do ano
De 1º de janeiro ao fim da primeira quinzena de julho, o Prisma ainda é líder dos sedãs compactos. Aliás, não vai ser tão fácil uma ultrapassagem dos rivais, já que ele conseguiu abrir boa vantagem no início do ano.
Porém, o Gol, que havia tirado do Prisma a quinta posição no acumulado do ano no mês passado, agora já abriu vantagem de mais de 2 mil unidades. O Kwid, por sua vez, se aproxima perigosamente.
O modelo da Renault, após o fim da primeira quinzena, está apenas 1.800 unidades atrás do sedã Chevrolet Prisma. Superar o três-volumes já ao final deste mês é uma possibilidade bastante plausível.
As concorrentes se aproximam
A Chevrolet, que estava muito longe de sofrer qualquer ameaça na liderança do ranking de montadoras, terá de começar a se preocupar, se o Prisma não se recuperar. Afinal, a Volkswagen tem uma dupla muito forte na lista dos dez mais vendidos, Gol e Polo.
A Fiat, que perdeu a vice-liderança para a Volks no início deste ano, também está reagindo. As vendas do Argo estão disparando nos últimos dois meses. Além disso, Strada e Toro estão com emplacamentos fortes.
A possibilidade de a Chevrolet ser ultrapassada pelas rivais no acumulado do ano é bem remota (para não dizer impossível). Isso porque a marca já tem cerca de 25 mil exemplares de vantagem.
Porém, com o sedã Chevrolet Prisma perdendo força, não é improvável que, em um mês isolado, a empresa possa ser superada no ranking de vendas por VW ou Fiat. E esse pode ser o primeiro passo para a perda da liderança.
Foi assim para a Fiat. E foi assim também para o Volkswagen Gol.
Por que o sedã Prisma está em queda?
São duas as hipóteses que podem explicar a queda livre do Prisma. A primeira é a chegada de Virtus e Cronos, no início do ano.
Os dois novatos tiraram mercado de todos os rivais. O Prisma demorou mais para perder espaço. Agora, isso parece estar acontecendo também com o líder.
Há ainda a possibilidade de redução no volume de produção do carro, por causa de ajustes em sua fábrica. Mesmo sem causar filas de espera pelo sedã na concessionária, isso explicaria a vertiginosa queda do Prisma no ranking de vendas diretas.
Em março, quando foi o quarto carro mais vendido do Brasil, o Prisma ocupou a mesma posição no atacado. Já em junho, caiu para o 22º lugar no ranking de vendas diretas.
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