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Os idiotas criaram o carro autônomo

Carro autônomo foi pensado para impedir que motoristas humanos façam besteira no trânsito e causem acidentes

Diego Ortiz

13 de ago, 2018 · 3 minutos de leitura.

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LeBron James em um carro autônomo: tecnologia já chegou às ruas, mas ainda precisa evoluir
Crédito: Crédito: Intel/Divulgação

Quem nunca viu um carro a toda velocidade no acostamento e em zigue-zague na rua porque o motorista está mexendo no celular. Ou fechando outros motoristas sem sequer estar com a seta piscando? Acho que ninguém. E é por causa destes idiotas (ou péssimos motoristas, se você achar melhor) que a revolução mais chata da história do automóvel está para acontecer: o carro autônomo.

Eles foram pensados para diminuir e, no futuro, eliminar a ação humana do volante e impedir acidentes. Sim, erros humanos são responsáveis por 90% dos acidentes de trânsito no mundo segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

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Além do problema fatal, há também o financeiro. Pessoas feridas ou mortas no trânsito e até mesmo pequenas batidas causam um prejuízo imenso para os governos com assistência médica e socorro. Ninguém quer mais isso, de Trump a Xi Jinping.

Quem perderá com o carro autônomo

Quer perderá com isso? As pessoas que gostam de dirigir, que terão que virar meros espectadores. Não sei até que ponto você que está lendo este texto agora verá isso. Tenha a idade que for. Acho que os carros totalmente autônomos vão demorar o dobro, no mínimo, do que as marcas falam para acontecer de verdade. Talvez quando aconteçam, as pessoas já não se importem mais mesmo em dirigir. E prefiram mexer em suas smartcoisas.

Instagram: @dicopr


Para mim, que não vejo o carro com mero meio de transporte, é triste. Os protótipos sem volante mostrados nos salões automotivos que já me causam arrepios. A única coisa que eu espero é que os carros autônomos não sejam obrigatórios. Não gostaria de ser um fora da lei de 80 anos fugindo da polícia com um Mustang 69 a gasolina soltando fumaça pelo escapamento.

Veja mais: A evolução no preço dos carros populares

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Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.