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As montadoras não querem que as pessoas comprem sedãs

Aumento de preço dos sedãs médios nos últimos três anos é mais que o dobro do praticado nos SUvs no Brasil

Diego Ortiz

20 de ago, 2018 · 3 minutos de leitura.

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Vendas de sedãs médios caem
Crédito: Crédito: Felipe Rau/Estadão

Definitivamente, as fabricantes de automóveis não querem que as pessoas comprem sedãs médios. O segmento que mais perdeu compradores para os SUVs nos últimos anos foi o que teve maior aumento de preço de 2015 a 2018, segundo estudo da consultoria Jato Dynamics.

O acréscimo foi de 55,9% no período, elevando o custo médio de R$ 65.247 em 2015 para R$ 101.781 em 2018. Enquanto isso, os SUVs tiveram aumento no mesmo espaço de tempo de apenas 22,5%. Indo de R$ 80.283 para R$ 98.365.

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Aqui aplica-se o clichê do segredo de Tostines: os SUVs vendem mais porque ficaram menos caros ou são menos caros porque vendem mais? Na minha opinião, as fabricantes de automóveis perceberem uma chance com os SUVs de sair da pindaíba depois de uma série de crises e focaram tudo neles, deixando o preço mais atraente para não espantar o consumidor.

Preço de sedãs e SUVs não é baixo

Não que os valores sejam baixos, longe disso. O Jeep Compass, por exemplo, desde que foi lançado em 2016 já subiu R$ 10 mil no seu preço básico. É muito dinheiro, que torna a desvalorização do carro mínima no período, aumentando, curiosamente, a satisfação dos clientes.


Está aí justificada uma grande parte da invasão de SUVs que o mercado atravessa e atravessará ainda mais até 2020. Há cerca de 10 produtos novos de marcas variadas para o Brasil no período. A sensação é a de quem só teremos SUVs no mundo automotivo até 2030, o que é uma pena. Nada mais chato do que ficar parado no trânsito e só ver um tipo de carro passado. Viva a diferença!

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