Primeira Classe

Carros que têm preços sem noção

Novo Jetta, Civic Touring, Corolla Altis e novo CR-V estão na lista

Rafaela Borges

27 de set, 2018 · 7 minutos de leitura.

Novo Jetta" >
Novo Jetta
Crédito: Foto: Volkswagen

Novo Jetta, Civic Touring, Corolla Altis, novo CR-V. Esses são alguns dos destaques da lista de carros que têm preços sem noção.

SAIBA MAIS

Preços sem noção? Sim. Em outras palavras, preços altos demais. No geral, valores bem mais altos do que o carro realmente vale.

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Querem mais um? Fácil. Volkswagen Up! e Golf.

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Aqui, estou listando apenas carros e versões de carros. Se formos considerar os preços dos veículos com opcionais, a lista não acabaria nunca mais.

 


VEJA TAMBÉM: OS CARROS MAIS VENDIDOS NA 1ª QUINZENA DE SETEMBRO

 

Novo Jetta e outros sedãs

O problema do novo Jetta não é a versão de topo, R-Line. Por R$ 120 mil, ela não é muito mais cara que o Corolla Altis. Na verdade, custa R$ 1 mil a mais.


Portanto, nesse caso, absurdo é o preço do Corolla Altis. Ele não tem motor turbo, não tem controlador de velocidade de cruzeiro adaptativo, não tem painel virtual nem frenagem de emergência. E custa R$ 119 mil.

No caso do novo Jetta, o preço da versão de entrada, Comfortline, é o sem noção. Afinal, nenhum outro sedã médio começa em R$ 110 mil.

VÍDEO: TUDO SOBRE O NOVO JETTA



O Corolla mais simples parte de R$ 90 mil, faixa semelhante à do Civic de entrada.

O Cruze, que tem motor semelhante ao do novo Jetta e apenas versão automática, como o rival, começa em pouco menos de R$ 97 mil (R$ 13 mil a menos).

Mais um indício do preço exagerado: na geração anterior, o carro com motor 1.4 turbo saía por cerca de R$ 95 mil. A alta, portanto, foi de mais de R$ 15 mil.


Mas quando o assunto é preço sem noção, poucos carros são capazes de superar o Civic Touring. A versão de topo custa mais de R$ 6 mil a mais que o novo Jetta  R-Line.

Seu motor 1.5 é mais potente que o do VW: 173 cv contra 150 cv. No entanto, ele fica devendo alguns equipamentos. A seu favor, há o fato de ser o único dos quatro sedãs médios mais vendidos com suspensão independente na frente e atrás.

SUV com preço sem noção

O que você acha de pagar R$ 190 mil em um Honda CR-V? Ele é espaçoso sim. E tem um ótimo motor de 190 cv – o mesmo do Civic Touring, só que mais potente.


O preço é reflexo da alta do dólar. Trata-se da conversão do valor nos EUA, de onde é importado, mais impostos (entenda aqui). O consumidor, porém, não tem nada a ver com isso.

Afinal, dois dos principais rivais do CR-V vêm do México, não pagam 35% de imposto de importação e custam bem menos. O Tiguan topo de linha, muito mais bem equipado que o Honda, sai a R$ 180 mil. E o Equinox LTZ, também com lista de itens de série superior, é vendido por menos de R$ 160 mil.

Outros segmentos

Os carros da Volkswagen costumam ser mais caros que os da concorrência. O novo Jetta Comfortline é um exemplo disso.


Porém, modelos como Polo e Tiguan vieram com posicionamentos bem interessantes. Tão interessantes que o pequeno Up! ficou mais caro que o Polo.

O carrinho foi reposicionado e agora já sai de fábrica completinho: ar, direção, vidro, trava e outros mimos. O problema é o preço inicial: R$ 51.290 para um modelo subcompacto.

O Golf, que também passou por reposicionamento, perdeu a noção de vez. Quando tinha câmbio manual, ele começava na casa dos R$ 70 mil. Agora ele não tem mais; ganhou transmissão automática combinada ao propulsor 1.0 turbo de 128 cv. O preço inicial foi para R$ 91.790.


A versão Highline, que traz o 1.4 turbo, consegue ser ainda mais sem noção que o novo Jetta Comfortline: R$ 112.190.

Por fim, a Kia lançou hoje o sedã esportivo Stinger por R$ 350 mil. Promocionais. Após a promoção, a tabela vai subir para R$ 400 mil.

Não conheço o carro ainda, então fica difícil julgar o preço. Mas dá para imaginar pagar R$ 400 mil num Kia?


 

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.