Primeira Classe

Verão 90: os carros que circulavam no Brasil

Lista dos mais vendidos da época em que se passa 'Verão 90' traz grandes ícones do mercado

Rafaela Borges

30 de jan, 2019 · 6 minutos de leitura.

Chevrolet Monza Verão 90" >
Chevrolet Monza
Crédito: Foto: Oswaldo L. Palermo/Estadão

A novela “Verão 90“, da Rede Globo, estreou na segunda-feira e é um dos assuntos mais comentados da semana. E está despertando muita curiosidade na juventude sobre os hábitos dos anos 90. Mas quais eram os carros que circulavam nas ruas do Brasil na época?

Eu, que passei a maior parte da minha adolescência nos anos 90, me lembro bastante da época. Inclusive dos carros que mais pais tinham. Verona, Omega e Pampa estão nessa lista. Houve também, na garagem da casa em que passei minha infância, um Escort.

Tomamos como base o primeiro ano da década de 90, 1991. A trama, porém, irá além. Os personagens começam criança e depois crescem.

Publicidade


LEIA TAMBÉM

No material de divulgação da trama, aparece o Fusca. De fato, o Volkswagen foi produzido no Brasil na década de 90, mas a partir de 1993. Isso depois de uma paralisação de alguns anos – ele havia deixado de ser feito em 1986.

VEJA TAMBÉM: Carros que deixam de pagar IPVA em 2019


Verão 90: os carros mais vendidos

A lista dos carros mais vendidos de 1991, ano que tomamos como base para falar de “Verão 90” é bem diferente da de hoje. Os dois primeiros da lista, porém, ainda estão em nossas ruas (mas em gerações bem diferentes).

O carro mais vendido daquele ano foi o Gol e o segundo colocado, o Uno. O modelo da Volkswagen, após liderança de 27 anos, foi o quarto mais emplacado do País do ano passado. Já Fiat abandonou a lista dos 20 mais comercializados do Brasil.


Em 1991, Escort ainda estava em sua primeira geração no Brasil

 

O terceiro colocado em 1991 foi um dos carros mais adorados da história da Chevrolet no Brasil. Trata-se do Chevrolet Monza.

Foi no ano seguinte, inclusive, que o Monza ganhou sua série especial mais famosa, “Barcelona” – em homenagem aos jogos olímpicos disputados na cidade espanhola em 1992.


LEIA TAMBÉM

O quarto mais vendido foi o Escort e o quinto, o Kadett. O sexto foi o Verona. Em seguida, apareceram três Volkswagen: Parati (sétimo), Apollo (oitavo) e Santana (nono). O Chevrolet Chevette fechava a lista dos dez mais emplacados em 1991.

O Opala (abaixo), um dos carros mais amados pelos brasileiros, ainda existia em 1991. Naquele ano, foi o 16º mais emplacado do País.


Foto: Werther Santana/Estadão

 

Autolatina

A lista dos dez mais vendidos mostra que a primeira metade dos anos 90, quando se passa “Verão 90”, foi a época da Autolatina. Trata-se da união entre Ford e Volkswagen no Brasil, que gerou diversos carros iguais com nomes diferentes (um para cada montadora).


Os dois exemplos mais famosos são Verona e Apollo e Versailles e Santana.

Verona (Foto: Ford/Divulgação)

 


Volkswagen

Os anos 90 também foram a época de domínio da Volkswagen no mercado brasileiro. A marca tinha mais de 30% das vendas.

Isso só mudaria a partir do fim da década, com a chegada de novas montadoras (também conhecidas como “newcomers”). Após a instalação de empresas francesas e japonesas, a VW perderia a liderança para a Fiat (já no início dos anos 2000).

Antes das “newcomers”, havia no mercado apenas Volks, Chevrolet, Fiat e Ford como fabricantes.


Vale lembrar também que foi no início dos anos 90 que ocorreu a abertura do Brasil aos carros importados.

“Verão 90” é a nova “novela das sete” da Rede Globo.

GALERIA: Os 50 anos do Chevrolet Opala

Newsletter Jornal do Carro - Estadão

Receba atualizações, reviews e notícias do diretamente no seu e-mail.

Ao informar meus dados, eu concordo com a Política de privacidade de dados do Estadão e que os dados sejam utilizados para ações de marketing de anunciantes e o Jornal do Carro, conforme os termos de privacidade e proteção de dados.
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.