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Bugatti se despede dos motores a combustão com supercarro de 1.600 cv
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Bugatti se despede dos motores a combustão com supercarro de 1.600 cv

Rumo à eletrificação, Bugatti apresenta hipercarro Mistral, que promete ser o conversível mais rápido do mundo; ele custa 5 milhões de euros

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

23 de ago, 2022 · 6 minutos de leitura.

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Bugatti Mistral
Novo Bugatti Mistral promete bater os 420 km/h de velocidade máxima
Crédito:Divulgação/Bugatti

Mesmo as marcas de hipercarros se renderam à eletrificação. Sabedoras de que o futuro é o carro elétrico, várias fabricantes estão desenvolvendo modelos a baterias e sem motores a combustão. Uma delas é a Bugatti. Agora, a marca está preparando uma despedida triunfal para o seu icônico motor W16 8.0 quadriturbo a gasolina. Para tanto, apresentou o Mistral, que pretende ser o conversível mais rápido de todos os tempos.

Esse conjunto, inclusive, é o mesmo que equipa o Chiron Super Sport, que alcançou os 409 km/h com o teto aberto. O teste foi feito na pista da Volkswagen, em 2013. Com ele, o novo Mistral consegue alcançar 1.600 cv de potência. Ou seja, 400 cv a mais que a última geração. Já o torque máximo alcança 163,1 mkgf. De acordo com a Bugatti, o intuito do novo supercarro é bater os 420 km/h. Dessa forma, vai disputar o posto de carro mais rápido do mundo com o recém-lançado Hennessey Venom F5 Spyder, que é equipado com motor V8 6.6 biturbo de até 1.842 cv e 164,8 mkgf.

Bugatti Mistral
Divulgação/Bugatti

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Para ser uma despedida de classe, o Bugatti Mistral será extremamente exclusivo. Ao todo, 99 unidades serão feitas, cada uma com preço de 5 milhões de euros – algo em torno de R$ 25,9 milhões. Portanto, será o segundo conversível mais caro do mercado, atrás apenas do Rolls-Royce Boat Tail, que teve 3 unidades fabricadas e sai por 20 milhões de euros.



Design exclusivo

Embora tenha plataforma e o motor do Chiron, o design tem inspiração em um modelo antigo da Bugatti. Estamos falando do famoso Type 57 Roadster Grand Raid, de 1934. Dele, o supercarro herdou as duas entradas de ar sobre as cabeças do motorista e do passageiro, que se conectam ao motor traseiro. Além disso, trouxe o para-brisa inclinado e curvo. Logo de cara, a dianteira é estranha aos olhos. Isso porque ela forma uma espécie de bico, por conta do formato oval da grade e dos vincos no capô. Os faróis, por sua vez, são modernos e têm quatro frisos horizontais.

As laterais exibem um design mais harmonioso, contando com os vidros que se ligam até a parte de traz do veículo. Enquanto isso, a traseira também apresenta um design renovado, com lanternas de LEDs formando um “X”. Um detalhe inovador no visual é que, no centro das lanternas, as luzes iluminam o nome “Bugatti”.  


Divulgação/Bugatti

Já no interior, a montadora preservou o estilo da geração anterior. Dessa forma, tem os mesmos acabamentos do Chiron. Um dos destaques é a alavanca de câmbio que é de madeira e âmbar, e tem uma escultura do “elefante dançante”.

Centodieci também faz 1.600 cv

Em junho, a Bugatti mostrou a primeira unidade de produção do Centodieci, outro hiperesportivo feito em homenagem aos 110 anos da marca, completos em 2019. Apenas 10 unidades serão produzidas. Ou seja, estamos falando de um superesportivo raríssimo. Todos os exemplares, inclusive, já estão reservados e serão entregues até o final deste ano. Um dos donos desse modelo, que parte dos 8 milhões de euros – o equivalente a R$ 42 milhões na conversão direta e sem taxas – é o atual atacante do Manchester United e da seleção portuguesa, Cristiano Ronaldo.


Divulgação/Bugatti

Como adiantado pelo Jornal do Carro, o hipercarro usa o mesmo motor 8.0 quadriturbo de 16 cilindros em “W”, que oferece 1.600 cv de potência. O conjunto acompanha um câmbio automático de sete marchas, com tração integral. De acordo com a Bugatti, a aceleração de zero a 100 km/h leva 2,4 segundos. A velocidade máxima é de 380 km/h.


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