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BYD, marca chinesa de veículos elétricos e baterias, vai produzir no Brasil
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BYD, marca chinesa de veículos elétricos e baterias, vai produzir no Brasil

Segundo o governador da Bahia, Rui Costa, BYD definirá data de reabertura da fábrica de veículos e baterias em Camaçari no dia 13 de dezembro

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

29 de nov, 2022 · 5 minutos de leitura.

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BYD
Após conclusão de negociação com a Bahia, BYD será a primeira marca a fabricar carros elétricos no Brasil
Crédito:BYD/Divulgação

A chinesa BYD assinou um acordo com o governo da Bahia para produzir veículos elétricos no Estado. Será no complexo de Camaçari, que era da Ford, onde a montadora norte-americana fabricava a linha Ka (hatch e sedã) e o SUV compacto Ecosport. O anúncio oficial será no dia 13 de dezembro.

Os três modelos da Ford que eram feitos na Bahia saíram de linha logo no início de 2021, quando a marca fechou a unidade e anunciou o fim da produção de veículos no País. Desde então, o governo baiano vem tratando das negociações da venda da fábrica, como medida prioritária para a preservação de empregos e do desenvolvimento da região do polo industrial, que tinha a norte-americana como principal empregadora.

BYD
BYD/Divulgação

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Pois quase dois anos depois, a BYD vai assumir as instalações a partir de 2023. E a marca chinesa pretende ser a primeira fabricante a produzir veículos elétricos e baterias no País. Quem confirmou a assinatura do acordo foi o governador da Bahia, Rui Costa, ao site Bahia Notícias.

“Em dezembro estamos programados. No dia 13, haverá uma solenidade onde a BYD fará anúncio formal, inclusive a concessionária na Bahia”, anunciou Rui Costa. “Eles vão apresentar o cronograma de negócio. Estamos definindo se lá (em Camaçari) ou em Salvador”, concluiu.



Elétricos e híbridos plug-in

Com outros negócios no País desde 2014, a BYD já tem uma unidade industrial de chassis de ônibus elétricos e painéis solares em Campinas (SP). Já em Manaus (AM), a chinesa produz baterias de lítio-fosfato de ferro. Com a fábrica em Camaçari (BA), no entanto, o plano é se estabelecer no País como fabricante de carros, tal como as rivais Chery (com representação do Grupo Caoa) e Great Wall Motor. Para tanto, pode produzir também híbridos plug-in.


É o caso, por exemplo, do SUV médio Song Plus, que acaba de chegar ao Brasil. De acordo com informações preliminares, as obras para adaptar a fábrica terão início em junho de 2023. Assim, as linhas de montagem, que também poderão montar ônibus e caminhões, devem começar a operar somente no fim de 2024. Por ora, a BYD vende no Brasil somente modelos importados da China. Além do Song Plus, tem os elétricos Tan, Han, D1 e Yuan EV.

elétricos uber
BYD/Divulgação

No fim de outubro, tal como publicamos no Jornal do Carro, a BYD assinou um protocolo de intenções com o governo da Bahia. Na ocasião, comprometeu-se a investir R$ 3 bilhões na unidade para a instalação de três novas linhas de montagem. Por enquanto, não se sabe que modelos a marca vai produzir no País.


Entre os elétricos, o mais cotado é o SUV Yuan EV. O modelo está em pré-venda pelo preço de R$ 269.990 e tem motor de 204 cv. Outro candidato é o hatch elétrico D1 EV, que tem o mesmo preço, parece uma minivan e mira os motoristas de aplicativo.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.