Você está lendo...
BYD Seagull, elétrico barato em testes no Brasil, chega a 200 mil pedidos
Notícias

BYD Seagull, elétrico barato em testes no Brasil, chega a 200 mil pedidos

BYD Seagull está previsto para estrear em 2024 no Brasil; na China, o modelo de entrada da marca se tornou o elétrico mais vendido

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

30 de nov, 2023 · 4 minutos de leitura.

Publicidade

BYD Dolphin Mini Seagull
BYD Seagull terá nome Dolphin Mini no mercado brasileiro
Crédito:BYD/Divulgação

O BYD Seagull chegou à marca de 200 mil unidades produzidas na China. É um recorde, visto que o modelo de entrada da marca estreou em abril deste ano. Ou seja, apenas 7 meses atrás. Além disso, o hatch também ocupou a posição de carro elétrico mais vendido no País asiático em outubro, quando emplacou mais de 43 mil unidades. Já em testes no Brasil, o Seagull está previsto para estrear em 2024 no Brasil. E quando chegar por aqui, terá produção na fábrica de Camaçari, na Bahia.

VEJA TAMBÉM
‘Minha posição contribui para a BYD errar menos no Brasil’, diz ex-ministro Baldy, chairman do grupo

Na China, o hatch elétrico de entrada tem três versões com preços que vão de 73.800 e 89.800 yuans. Na conversão direta e sem impostos, os valores ficam entre R$ 50.000 e R$ 60.000. No Brasil, a tabela só será anunciada em 2024. No entanto, é possível que o hatch elétrico tenha preço inicial próximo de R$ 100.000 até a faixa de R$ 130.000 na versão mais completa. Dessa forma, vai disputar diretamente com versões 1.0 flex e turbo de HB20, Onix e Polo.

Publicidade




BYD Seagull elétrico barato
BYD/Divulgação

Como é o BYD Seagull?

Com cinco portas e espaço para quatro adultos, o BYD Seagull tem desenho simples, mas moderno. Tal como o Dolphin (“Golfinho”), o “Gaivota” pertence à linha de veículos inspirados em animais marinhos. O destaque são os faróis estreitos, a barra de LEDs na traseira e o spoiler.

Em relação às dimensões, o Seagull mede 3,7 metros de comprimento, 1,71 m de largura e 1,54 de altura. E o entre-eixos tem 2,50 metros. Assim, o tamanho compacto deixa evidente a sua proposta urbana. E o conjunto elétrico reforça isso.


BYD Seagull elétrico barato
BYD/Divulgação

Sob o capô, o hatch traz um motor elétrico de 55 kW de potência, o equivalente a 75 cv, número semelhante ao de um motor 1.0 flex a combustão. A autonomia varia conforme o pacote de baterias. O de 30 kW tem alcance de 305 km no padrão WLTP. Já a bateria de 38 kW chega 405 km com carga completa. A velocidade máxima é de 130 km/h.

Siga o Jornal do Carro no Instagram!


O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se
Ranger Raptor no Brasil! Veja como é a versão extrema da picape da Ford
Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”