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Carro mais caro da China, FAW Hongqi L5 tem visual retrô e preço milionário
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Carro mais caro da China, FAW Hongqi L5 tem visual retrô e preço milionário

FAW Hongqi L5 tem preço equivalente a quase R$ 3,5 milhões; modelo tem motor 6.0 com 12 cilindros em V e inspiração em Rolls-Royce

Vagner Aquino, especial para o Estadão

28 de out, 2023 · 3 minutos de leitura.

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Modelo é o primeiro Hongqi a ser vendido fora da China; tem 5,55 metros de comprimento, 2,02 m de largura e 1,58 m de altura
Crédito:FAW/Divulgação

Há alguns meses a BMW surpreendeu o mercado brasileiro com o lançamento do i7. Mas grandes sedãs dotados de luxo extremo não são apenas coisa de fabricante alemã. A China também tem alguns exemplares. Mas o mais caro fabricado no país asiático é, certamente, o FAW Hongqi L5. O sedã de quase 6 metros de comprimento não sai por menos de 5 milhões de yuans (cerca de R$ 3,4 mi, na conversão direta).



O modelo bebe na fonte do Rolls-Royce Phantom. Na aparência, por exemplo, basta olhar a caída traseira do teto e matar a charada. A dianteira lembra bastante os Hongqi produzidos no final dos anos 1950, quando nasceu a empresa.

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FAW/Divulgação

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Do lado de dentro, o FAW Hongqi L5 também tem um relógio analógico bem no centro do painel. Será coincidência? Não! Ademais, o painel tem, no total, três telas que ficam em uma única peça. Ainda do lado de dentro, há diversos botões no console central.

FAW/Divulgação

Mecanicamente, a marca usa seu próprio motor V12 de alumínio, com 6 litros e potência de 400 cv. Junto a ele há uma transmissão automática de seis marchas e tração nas quatro rodas. Mesmo com peso superior a 3 toneladas, a velocidade máxima é de 200 km/h. O tanque de combustível tem 105 litros. Por fim, o modelo tem suspensão independente e amortecedores pneumáticos.


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Do governo para as ruas

Cabe contextualizar o histórico do carro. De início, o sedã de luxo era destinado aos dirigentes do Partido Comunista. Entretanto, sua comercialização na China foi liberada – claro, para os endinheirados que podem pagar pelo modelo fabricado pela FAW. Em síntese, a sigla significa vem de First Automobile Works.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”