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CNH aos 17 anos: parlamento europeu estuda baixar idade mínima
Legislação

CNH aos 17 anos: parlamento europeu estuda baixar idade mínima

Além de liberar jovens de 17 anos de tirar a Carteira de Habilitação, parlamento europeu também pretende padronizar CNH nos países do bloco

Adrielle Farias, especial para o Estadão

01 de mar, 2024 · 5 minutos de leitura.

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Carteira de Habilitação França CNH
Europa terá nova Carteira de Habilitação válida em todos os países do bloco
Crédito:Consulado Geral da França/Divulgação

Assim como no Brasil, grande parte dos países da Europa estabelece a idade mínima de 18 anos para que os jovens iniciem o processo para adquirir a sonhada Carteira Nacional de Habilitação (CNH). No País, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) determina a idade mínima de 18 anos, pois considera-se que, além de ser responsável pela própria segurança, o indivíduo precisa se responsabilizar também pela vida de outras pessoas.

Ou seja, os brasileiros com menos de 18 anos não podem responder por possíveis crimes cometidos enquanto condutores. Por isso, não podem tirar a CNH. No entanto, os países da União Europeia (UE) estipulam a maioridade penal de diferentes formas. Por exemplo, na Itália considera-se a idade de 14 anos, enquanto na França, a maioridade penal começa aos 13 anos. Dessa forma, o Parlamento Europeu discute atualizar as regras.

A pauta foi revisada há cerca de um ano pela Comissão Europeia. A justificativa é de que reduzir a idade mínima para obtenção da CNH pode ajudar a diminuir o número de mortes nas estradas dos 27 estados-membros do bloco.

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Vagner Aquino/Jornal do Carro

Habilitação aos 17 anos tem regras

Atualmente, o número de mortes por acidente de trânsito tem 20.000 ocorrências por ano, em média. Em março de 2023, o plenário aprovou o projeto que propõe a atualização na licença para dirigir. Foram 339 votos a favor, 240 votos contrários e 37 abstenções. Segundo os parlamentares, a condução orientada vai ajudar jovens condutores a ganhar experiência ao volante, o que ajudará a reduzir o número de acidentes a longo prazo.

O projeto diz que jovens de 17 anos com carteira de habilitação podem dirigir legalmente desde que estejam acompanhados por um “motorista experiente”. Assim, esses condutores recém-habilitados serão supervisionados de forma mais rígida, principalmente em relação ao uso de álcool e à direção perigosa. Outra mudança que está sendo reescrita é para que jovens a partir de 18 anos possam obter licença para dirigir caminhões ou ônibus para até 16 passageiros.


De acordo com o parlamento europeu, a medida “alivia” a escassez de motoristas profissionais para estes veículos. A licença para dirigir terá duração de 15 anos para carros e motos, e de cinco anos para caminhões e ônibus.

CNH

Europa terá habilitação digital

A CNH digital, disponível para motoristas brasileiros, ainda não chegou nos países da União Europeia. Mas, com a revisão das regras, o bloco vai adotar a carteira de habilitação digital, que valerá em toda a Europa, para facilitar o reconhecimento, a renovação ou a troca do documento. Além disso, alguns procedimentos poderão ser feitos de forma virtual.


O projeto também discute a possibilidade de descartar exames médicos e substituí-los por uma “auto certificação”. No entanto, a adoção da regra ficará a cargo de cada país. O projeto de reforma da carteira de motorista europeia deve ganhar continuidade a partir de junho deste ano, quando for eleito um novo parlamento europeu.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.