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Ferrari vai suspender vendas do SUV Purosangue após ‘boom’ de pedidos
Mercado

Ferrari vai suspender vendas do SUV Purosangue após ‘boom’ de pedidos

Após divulgação do motor V12, pré-encomendas do SUV Purosangue foram nas alturas; marca confirma prioridade para "clientes Ferrari"

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

19 de set, 2022 · 6 minutos de leitura.

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Ferrari
Ferrari Purosangue chega até julho no Brasil
Crédito:Divulgação/Ferrari

Faz apenas uma semana que a Ferrari revelou o Purosangue, primeiro SUV da história da marca italiana. E parece que o receio de desagradar os clientes mais “puristas” ficou para trás. Afinal, a demanda foi tão grande, que a montadora deve bloquear novos pedidos para conseguir entregar as unidades já encomendadas. Em entrevista ao site britânico, Automotive News, o diretor comercial da Ferrari, Enrico Galliera, afirmou que, após a divulgação do motor V12, as encomendas “explodiram”.

Vale dizer que os primeiros pedidos aconteceram em setembro de 2018, assim que a marca do cavalo rampante anunciou a produção do SUV. No entanto, o que causou o aumento no volume de pedidos foi o anúncio do desempenho do carro. O motor V12 entrega 725 cv de potência e um torque parrudo de 72,9 mkgf. Assim, consegue acelerar de zero a 100 km/h em 3,3 segundos e alcançar 310 km/h de velocidade, segundo a Ferrari.

Ferrari Purosangue
Purosangue consegue alcançar até 310 km/h de velocidade máxima – Ferrari/Divulgação

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Mesmo sem confirmar o número total de encomendas, o diretor disse que a demanda, com certeza, foi além das expectativas. Mesmo com preços partindo de R$ 390 mil euros. Ou seja, cerca de R$ 2 milhões na conversão atual direta. “Corremos o risco de não sermos capazes de satisfazer a demanda, e talvez precisemos fechar a entrada de pedidos muito em breve”, declarou Galliera.



Exclusividade

Como sabemos, a Ferrari sempre deixou claro seu plano de exclusividade. A marca, inclusive, não quer chamar o Purosangue de SUV. “É (um veículo) diferente de qualquer outro”, defendeu o CEO da Ferrari, Benedetto Vigna. Portanto, mesmo com a fila de clientes novos querendo o modelo, a marca vai respeitar a fidelidade dos que já possuem um Ferrari. estes, portanto, terão prioridade para receber o Purosangue.

Nessa linha, a empresa também anunciou que vai limitar a produção do utilitário. Dessa forma, não vai responder a mais de 20% da fabricação anual. Atualmente, a capacidade da fábrica da Ferrari em Maranello é de 15 mil unidades. Assim, o SUV poderá ter 3 mil modelos por ano. Além disso, Galliera também comentou sobre a produção total, que deve ser de 12 mil a 15 mil unidades, já que o ciclo de vida normal de uma Ferrari é de quatro a cinco anos.


Purosangue
Ferrari/Divulgação

“Apesar da alta demanda, manteremos o controle do volume, algo que está de acordo com nosso DNA, com nossa missão fundadora, que é permanecer extremamente exclusiva. E a única maneira de permanecer assim é controlar a demanda e a oferta”, comentou Enrico Galliera.

Cara de SUV

Diferente do previsto, o concorrente de Lamborghini Urus, Aston Martin DBX, Porsche Cayenne e cia não tem opções “ecológicas”. Pelo menos por enquanto. No entanto, o utilitário traz novidades na cabine, já que é uma configuração completamente nova para a montadora.


O SUV Purosangue tem quatro assentos (configuração 2+2) e o mesmo painel com display digital de 10,2″ já visto em outros modelos da Ferrari. Assim, não tem multimídia ao centro, mas há uma tela para o passageiro da frente. O ponto alto são portas traseiras do tipo suicida, que se abrem em direção oposta às portas dianteiras.

Purosangue
Ferrari/Divulgação

Para substituir o tradicional sistema de navegação integrado, o carro oferece, pela primeira vez na marca, compatibilidade Android Auto e Apple CarPlay. No volante, um botão permite escolher os modos de condução. Por fim, a forração interior tem várias combinações de couro, com Alcantara e acabamentos em fibra de carbono.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.