Você está lendo...
Ford lançará em breve SUV elétrico inédito feito parceria com a VW
Mercado

Ford lançará em breve SUV elétrico inédito feito parceria com a VW

Ford vai revelar primeiro SUV elétrico feito com a VW em março deste ano; modelo pode herdar conjunto do ID.4 com 500 km de autonomia

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

20 de jan, 2023 · 4 minutos de leitura.

Publicidade

Ford
Logo em seguida, Ford vai lançar crossover com pegada esportiva
Crédito:Divulgação/Ford

Após alguns meses de espera, a Ford vai apresentar o seu primeiro SUV elétrico feito em parceria com a Volkswagen. De acordo com o site alemão Automobilwoche, a revelação será em março. Até o momento, não há muitas informações sobre o utilitário. Entretanto, é certo que será um crossover médio feito sobre a plataforma MEB, da família ID da VW.

Para quem não se lembra, no começo de 2022 as duas montadoras firmaram acordo para produção em conjunto de veículos comerciais e sistemas de condução autônoma. Inclusive, um fruto da parceria é a nova VW Amarok 2023, feita sobre a mesma base da nova Ranger. Dessa forma, com foco no mercado Europeu, a Ford pretende aumentar o volume de produção para 1,2 milhões de unidades em um prazo de seis anos.

Reprodução/Twitter @MSander22

Publicidade


Motor do VW ID.4

Ainda não há nenhum detalhe sobre visual ou equipamentos. Mas, recentemente, o líder da divisão Ford E, Martin Sander, mostrou um pequeno spoiler (acima) do modelo nas redes sociais. Na imagem, aparece uma parte do para-choque, bem como um pedaço do farol.  Para o crossover esportivo, o visual parece mais parrudo, com faróis arredondados.  Além disso, nas imagens de divulgação, é possível ver a silhueta do crossover com faróis em formato de ‘L’ invertido.



Seja como for, é bem provável que o utilitário médio tenha uma motorização similar ao conjunto usado pelo SUV ID.4 da Volks, com potências entre 146 cv e 201 cv. Seja como for, é certo que ele terá em média 500 km de autonomia graças a plataforma MEB, que permite baterias de até 77 kWh. 

SUV esportivo vem em seguida

Outro modelo que também está na mira é um crossover com pegada esportiva. Este pode se aproximar mais do ID.5, que entrega 299 cv de potência. De acordo com as especulações, o design terá a linguagem visual da Ford. A autonomia pode ser de até 500 km. Diferente do crossover médio, que tem previsão de vendas já em 2023, o SUV esportivo deve ficar apenas para 2024.


Ford
Ford/Divulgação

Vale lembrar, além dos dois SUVs, a marca vai revelar mais 5 modelos 100% elétricos. Um deles, inclusive, será o Puma, que passará por uma reestilização. Assim, os três se juntarão ao Mustang Mach-E. Já no lado dos comerciais, que também terá participação da VW, a Ford confirmou as novas gerações do Transit/Tourneo Curier e Transit/Tourneo Custom, que vão se unir ao E-Transit. Todos terão produção na fábrica de Colônia, na Alemanha.


O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se
Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”