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GM não deixará de produzir carros a combustão tão cedo, diz CEO
Mercado

GM não deixará de produzir carros a combustão tão cedo, diz CEO

Segundo Mark Reuss, CEO da GM nos Estados Unidos, a montadora vai continuar a lançar novos carros a combustão para financiar os elétricos

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

27 de nov, 2022 · 5 minutos de leitura.

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Chevrolet Trax
Novo SUV Trax estrou em setembro nos Estados Unidos com motor 1.2 turbo
Crédito:Chevrolet/ Divulgação

A General Motors é uma das marcas mais engajadas atualmente na eletrificação. A montadora inclusive pretende migrar direto para os carros a baterias, sem passar pela hibridização. Mas, apesar do discurso, a GM não encerrará tão cedo a produção de veículos com motores a combustão. É o que disse Mark Reuss, CEO da fabricante nos Estados Unidos.

Em entrevista ao canal Fox News, Reuss disse que a GM vai continuar a produzir carros a gasolina e a diesel nos próximos anos, até porque estes modelos respondem por grande parte dos emplacamentos da montadora no mercado norte-americano e em outros países, como o Brasil. De acordo com o executivo, diversos modelos a combustão serão lançados no próximo ano. Entre eles, por exemplo, o SUV Chevrolet Seeker, que pode substituir o Cruze por aqui.

O utilitário, inclusive, deve ser posicionado como modelo de entrada da montadora, com preços a partir de US$ 21.495. Seja como for, a GM vem trabalhando com importantes lançamentos 100% elétricos para o mercado mundial. Esse é o caso do Equinox EV – SUV elétrico diferente do Equinox à venda no Brasil – e o Blazer EV. Ambos já estão confirmados para chegar aqui.

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elétricos
Divulgação/Chevrolet

“A era do ICE (sigla de “motor de combustão interna”, no inglês) ainda não acabou. Não vamos abandonar nossos segmentos de motores térmicos. Temos a liderança em picapes com as marcas GMC e Chevrolet. Conseguimos isso em nossas picapes de médio porte, nossas picapes de tamanho grande e além”, declarou Reuss.

Investimento

Fato é que tudo faz parte de uma estratégia. Afinal, a GM prevê um suporte de US$ 35 bilhões derivados das vendas dos modelos a combustão, principalmente picapes e SUVs. Com esse montante, vai investir pesado em tecnologias de direção autônoma e em veículos elétricos até 2025. “À medida que obtemos essa escala e pagamos pelos investimentos que fizemos, começamos a ganhar dinheiro com os veículos elétricos e a estrutura de margem se torna muito boa”, completou.


Chevrolet
Jeffrey Sauger/General Motors

Importante lembrar que a fabricante já definiu diversas metas para zerar a emissão de carbono. Uma delas é a venda de 400 mil veículos elétricos até 2024 na América do Norte. No entanto, houve um aumento de prazo, já que a previsão inicial era do ano de 2023. A mudança veio em decorrência de diversos fatores, como a crise dos semicondutores, por exemplo. Mas, não deixa de ser um objetivo ousado. Afinal, a GM já disse que pretende ultrapassar a Tesla até 2025. Sò que a marca do bilionário Elon Musk é a atual líder mundial na venda de carros elétricos.



Por fim, o executivo confirmou que a GM pretende transformar diversas fábricas nos próximos anos, com foco na produção de modelos a baterias. O foco inicial serão os veículos de alto volume, como a picape Silverado EV e o compacto Equinox EV. No mais, Reuss confirmou a produção interna de baterias futuramente, começando na unidade de Lordstown, Ohio.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.