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Hyundai Creta Adventure resgata sobrenome de sucesso da Fiat no Brasil
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Hyundai Creta Adventure resgata sobrenome de sucesso da Fiat no Brasil

Linha Adventure vendeu muito no Brasil em família de compactos da Fiat; na Índia, Hyundai Creta ganha sobrenome e visual com apelo off-road

Ana Carolina Bilatto, especial para o Jornal do Carro

09 de ago, 2023 · 5 minutos de leitura.

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Hyundai Alcazar
Edição especial Adventure da Hyundai estreia na Índia com o SUV Creta
Crédito:Hyundai Índia/ Divulgação

A Hyundai lançou no mercado indiano o Creta Adventure, série especial de apelo off-road. O sobrenome é bem conhecido dos brasileiros e fez muito sucesso em modelos da Fiat por aqui. A marca italiana do grupo Stellantis, aliás, criou o conceito de carro aventureiro com a linha Adventure, algo que se tornou tendência no País em uma época em que o mercado de SUVs era minúsculo e tinha pouquíssimas opções.

A Fiat não vende mais modelos da linha Adventure no Brasil já faz algum tempo. O último sobrevivente entre os aventureiros é o hatch Argo Trekking. Mas, longe do Brasil (e sem complicações com direitos autorais e uso do nome), a Hyundai apresenta a linha Adventure do Creta e do Alcazar, versão de 7 lugares do SUV. Assim, como o próprio nome diz, os modelos apelam ao visual fora-de-estrada, embora não tenham tração 4×4 nem preparo para o off-road.

Nesse sentido, o destaque vai para os detalhes estéticos. Em primeiro lugar, os dois SUVs são pintados na cor de verde Ranger Khaki, a mesma que estreou no SUV Exter. Além disso, contam com rodas de 17 polegadas com pintura escurecida, pinças de freio vermelhas e teto, grade, retrovisores, apliques laterais e logotipos em preto brilhante. Ainda no exterior, o nome “Adventure” aparece em emblemas colados nos para-lamas dianteiros. 

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Hyundai Creta
Hyundai Índia/ Divulgação

Já no interior, a cor predominante é o preto. Mas o verde está nos detalhes, como o estofamento e as costuras dos bancos. A iluminação é azul no filete de LED do painel e no quadro de instrumentos. Há inserções Sage Green nas saídas de ventilação e nos interruptores do ar-condicionado, bem como tapetes especiais da linha Adventure e pedais prateados. Por fim, há o logotipo “Adventure Edition” para identificar a edição especial.

Hyundai Creta Adventure sem turbo

O Hyundai Creta Adventure vem de fábrica com um motor 1.5 a gasolina de até 116 cv de potência e 14,7 mkgf de torque máximo. O câmbio pode ser manual de 6 marchas ou automático CVT, com tração dianteira. A edição utiliza como base a versão SX. Já o Alcazar Adventure traz motor 1.5 turbo de 160 cv e câmbio automático de 7 marchas. Além disso, tem opção 1.5 turbodiesel de 117 cv e 25,5 mkgf, com câmbio manual ou automático de 6 marchas. Há duas versões de acabamento: Signature (O) e Platinum.


Por fim, o preço do Hyundai Creta Adventure é o equivalente a R$ 89 mil. Importante relembrar que, em 2024, o SUV da marca sul-coreana irá ganhar reestilização com a dianteira inspirada no novo Tucson, conforme mostram flagras recentes do modelo em testes. O lançamento está previsto para o início de 2024 e deve influenciar a renovação no Brasil.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”