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Inédito no Brasil, Chevrolet Bolt EUV chega com preço de R$ 279.990 e financiamento ‘balão’
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Inédito no Brasil, Chevrolet Bolt EUV chega com preço de R$ 279.990 e financiamento ‘balão’

SUV elétrico derivado do hatch, Chevrolet Bolt EUV tem lote com 200 unidades e aposta em financiamento "balão" com parcelas fixas mensais

Rodrigo Tavares, Especial para o Jornal do Carro

09 de mai, 2023 · 6 minutos de leitura.

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Reforma Tributária
Elétrico Chevrolet Bolt EUV desembarca dos EUA neste mês com lote de 200 unidades
Crédito:Chevrolet/Divulgação

O inédito Chevrolet Bolt EUV foi oficialmente lançado no Brasil na noite desta segunda-feira (08), em evento da General Motors em Indaiatuba (SP). Baseado no Bolt EV, o SUV elétrico chega ao País para marcar a transição da marca para a nova geração de veículos a baterias (BEVs), feitos sobre a plataforma Ultium. Entretanto, o modelo terá apenas um pequeno lote de 200 unidades, pois terá a produção encerrada até o fim deste ano.

Dessa forma, a missão do Bolt EUV será preparar o terreno para a transição elétrica da GM no Brasil. A montadora tem um plano estratégico para vender veículos elétricos com maior volume de produção, por exemplo. Para isso, aproveita o lançamento do SUV do Bolt para (re)confirmar a chegada ao Brasil de outros dois elétricos em 2024: Equinox EV e Blazer EV. A dupla está em fase final de desenvolvimento e estreia no ano que vem nos Estados Unidos.



Novo Chevrolet Bolt é mais moderno, mas cobra bem caro por isso

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Chevrolet Bolt EUV tem plano de financiamento

Outro modelo a bateria cotado para vir ao Brasil é a picape elétrica Silverado EV. Esta, porém, deve chegar somente depois de 2025, sobretudo por causa da alta demanda nos EUA, onde já acumula milhares de reservas. Enquanto isso, a GM tenta emplacar bem a linha Bolt por aqui, e anuncia condições especiais de financiamento.

O SUV elétrico “de entrada” da Chevrolet tem preço sugerido de R$ 279.990. Assim, custa menos que o hatch e fica mais próximo, em valores, de concorrentes diretos como Nissan Leaf e Peugeot e-2008. Mas, para tornar a oferta atraente, a GM anuncia opção de “financiamento balão”, onde se paga um valor de entrada e parcelas mensais fixas. Ao final, o valor residual pode ser quitado ou usado na troca por outro elétrico da marca, por exemplo.

Através do plano “Chevrolet Elétrico Sempre”, o SUV tem entrada de 60% do seu valor total, outras 24 parcelas fixas de R$ 3.369, seguidas de uma parcela final, única, de 20% do valor total do Bolt EUV.


Chevrolet Bolt EUV
Chevrolet/Divulgação

O que muda no Bolt EUV

O Bolt EUV é um pouco maior que o hatch nas dimensões. É, por exemplo, mais alto e comprido, mas ainda assim se assemelha bastante ao modelo que o originou. A altura (1,62 m) e a largura (1,77 m) são iguais nos dois modelos, mas o SUV elétrico é maior no comprimento, com 4,31 metros, e na distância entre-eixos (2,67 m). Assim, acomoda melhor os passageiros a bordo. Mas a capacidade do porta-malas, com 462 litros, é menor que no hatch (478 l).

Já o conjunto elétrico é rigorosamente o mesmo. O motor gera 150 kW de potência máxima, o equivalente a 203 cv, e bons 36,7 mkgf de torque máximo. Segundo a GM, o SUV elétrico acelera de zero a 100 km/h em 7,7 segundos. A bateria tem capacidade de 65 kW e fornece autonomia de 456 km no ciclo WLTP, de 397 km no EPA e de 377 km pelo Inmetro.


Chevrolet Bolt EUV
Chevrolet/Divulgação

Bem equipado, o Bolt EUV traz multimídia com tela de 10,2″ e espelhamento sem fio com os sistemas Android Auto e Apple CarPlay. A única versão disponível é a Premier, com 10 airbags, alerta de ponto cego, frenagem automática de emergência, Wi-Fi e aplicativos de streaming nativos, entre outros. Além disso, é possível comandar algumas funções do carro à distância por meio do app myChevrolet. E oferece opção de teto solar panorâmico.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”