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Inmetro: montadoras terão de informar ‘autonomia real’ nos carros elétricos
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Inmetro: montadoras terão de informar ‘autonomia real’ nos carros elétricos

Nova metodologia do Inmetro reduz até 30% da autonomia divulgada pelas marcas e prevê alcance mais realista para carros elétricos e híbridos

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

27 de mai, 2023 · 4 minutos de leitura.

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Crédito:Diogo de Oliveira/Estadão

Em janeiro deste ano, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) estabeleceu um índice de correção da autonomia dos carros elétricos. Esse índice reduz em torno de 30% o alcance declarado pelas marcas. A mudança, de acordo com o órgão, visa fornecer um cálculo mais realista, no qual o motorista possa atingir. Pois, agora, o Inmetro validou o critério e acrescentou uma nova portaria que atualiza os requisitos para avaliação de consumo energético do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV).

A atualização engloba novos parâmetros para calcular os índices poluentes, bem como revê os métodos específicos nos testes de modelos elétricos com base na ABNT. Por fim, o documento reduz a tolerância de desvio dos testes de 8% para 6%.



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Diogo de Oliveira/Estadão

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Inmetro estabelece prazo para mudanças

Cabe dizer que a divulgação da tabela atualizada de autonomia começou a valer em fevereiro deste ano. Entretanto, segundo o documento, todas as marcas têm até o dia 30 de setembro para atualizar sites, redes sociais e propagandas com os mesmos dados de autonomia e consumo energético do Inmetro.

Assim, as montadoras não vão poder utilizar outros padrões internacionais nos veículos elétricos e híbridos. Afinal, até agora, era comum usar valores no padrão europeu WLTP (o mais usado no mercado brasileiro). Ou no EPA, dos norte-americanos. Ou ainda no padrão NDEC, dos chineses.

Além disso, vale reforçar que mesmo as montadoras que já usam o padrão nacional, como BYD e Caoa Chery, precisam rever seus conceitos. Isso porque, em ambas as montadoras, a autonomia dos carros elétricos e híbridos também terá um corte de 30% no alcance das baterias.


Seja como for, a redução vai impactar os dados até então divulgados pelas marcas. É o caso, por exemplo, do Volvo XC40. Por conta da nova etiquetagem brasileira, o modelo terá o alcance reduzido de 420 km para 231 km. Ou seja, uma correção de 45% da autonomia informada.

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