O mercado de automóveis está bastante movimentado com a chegada de modelos chineses ao Brasil. A invasão, aliás, provocou bastante alarde nos últimos meses por conta dos preços competitivos e novidades no mercado. A BYD, por exemplo, se destaca nesse quesito após a estreia do Dolphin, elétrico de entrada da marca que chegou ao País com preço de R$ 149.800. O modelo, inclusive, que conta com um motor elétrico de 95 cv, foi o elétrico mais vendido em agosto deste ano.
Mas não é só. A montadora já conta um portfólio consolidado no Brasil. Ao todo, são sete modelos, sendo que o hatch elétrico D1 tem foco nas vendas diretas e nos motoristas de aplicativo. Seja como for, alguns desses veículos vão ganhar produção nacional em breve na fábrica de Camaçari, na Bahia. As operações, aliás, têm previsão de início no 1° trimestre de 2025.
Até o momento, a BYD não confirmou quais modelos vão entrar na linha de produção. Entretanto, espera-se que o Dolphin esteja na lista, bem como o Seagull, que está previsto para estrear em 2024 no mercado brasileiro com preço de até R$ 120 mil. Ou seja, terá tabela de modelos a combustão como, por exemplo, Hyundai HB20 e Volkswagen Polo.
BYD vai produzir carros nacionalmente
Mas enquanto a produção não começa, a BYD conta com um catálogo interessante no País. Além do Dolphin, a montadora oferta opções entre sedãs e SUVs com conjuntos híbridos e elétricos. Em julho, por exemplo, a BYD lançou o Seal. O sedã 100% elétrico promete incomodar bastante os rivais de Audi, BMW e Mercedes-Benz. Para isso, chegou com preço competitivo de R$ 269.800. Em seguida, há também o Han, que desembarcou no Brasil em 2022. O modelo, que conta com dois motores elétricos de 494 cv no total, custa R$ 539.990.
Na gama de SUVs, são três opções. O Song Plus, por exemplo, chegou ao Brasil no final de 2022 com preço de R$ 169.990. Ele é equipado com um conjunto híbrido plug-in que une o motor 1.5 a gasolina de 110 cv a outro motor elétrico com potência de 179 cv. Juntos, os dois geram 235 cv e um torque máximo de 40,8 mkgf.
Há também o Yuan Plus, que tem a mesma tabela de R$ 169.990 do Song Plus. No entanto, um detalhe curioso é que o Yuan Plus traz o conjunto elétrico no cofre dianteiro, tal como um SUV com motor flexível. Porém, o chinês não tem escape nem emite poluentes. O conjunto gera o equivalente a 204 cv de potência e um torque máximo imediato de 31,6 mkgf.
Por fim, há o BYD Tan. O modelo chegou ao País como o primeiro SUV de sete lugares com motorização elétrica. Além do luxo e da boa dose de equipamentos, o SUV conta com motorização elétrica de 517 cv e 69,3 mkgf de torque. O preço sugerido é de R$ 529.890.
E a GWM?
Outra marca que vem dando o que falar é a Great Wall Motors. Inicialmente, a marca lançou o SUV Haval H6 nas configurações híbrida e híbrida plug-in. O modelo, inclusive, chegou a superar o rival Toyota Corolla Cross nas vendas. Na versão híbrida, o Haval HEV conta com um motor elétrico junto com o 1.5 turbo a gasolina. Juntos, eles desenvolvem 243 cv de potência e um torque máximo parrudo de 54 mkgf. Quem se interessar, terá que desembolsar um valor inicial de R$ 214.000.
Já o Haval H6 híbrido plug-in conta com as versões Premium e GT. Ambas são equipadas com o motor 1.5 turbo a gasolina embaixo do capô dianteiro e outros dois motores elétricos que ficam instalados um em cada eixo. Assim, tem tração integral. Há ainda um terceiro motor elétrico perto das rodas dianteiras, mas este funciona somente como gerador. O conjunto principal gera 393 cv de potência combinada. Os preços são de R$ 269.000 para o H6 PHEV e de R$ 315.00 para o Haval H6 GT PHEV.
Logo em seguida, a marca lançou o seu primeiro elétrico no Brasil, o ORA 03. O hatch de entrada da marca chegou ao País em duas versões para bater o Dolphin. Aliás, com tabela de R$ 150.000. Para superar o arquirrival, o ORA 03 aposta em um pacote mais amplo e conjunto elétrico mais potente. Enquanto o Dolphin EV tem 95 cv e torque máximo de 18,3 mkgf, o hatch elétrico da GWM traz um motor capaz de gerar 171 cv de potência e 25,5 mkgf de torque.
Caoa Chery e JAC Motors entram na briga
Por fim, também vale citar a Caoa Chery, que vem ocupando bastante espaço entre as marcas chinesas. Para se ter uma ideia, no mês de agosto, ela se destacou com 3.151 vendas de automóveis, mesmo não figurando nas primeiras posições do ranking. No portfólio, conta com modelos a combustão, híbridos e elétricos. Nessa linha, cabe citar o iCar, que teve uma redução de R$ 20 mil no mês passado. Dessa forma, custa R$ 119.990. Com esse abatimento, o modelo se tornou o elétrico mais barato do Brasil.
Na mesma linha, há também a JAC Motors. Assim como fez a Caoa Chery após a chegada do Dolphin, a marca também reduziu o preço do seu hatch elétrico de entrada, o JAC E-JS1. O modelo parte de R$ 135.900. Inclusive, a JAC reduziu os preços de toda a sua gama de elétricos no Brasil. Mas o desconto de até R$ 4.000 nos valores não veio ao acaso. Afinal, os novos preço se devem tanto à variação cambial dos últimos meses (sobretudo à queda do dólar norte-americano), quanto pela renegociação que a marca fez com a matriz na China.
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