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Jeep Renegade está com os dias contados nos EUA e no Canadá
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Jeep Renegade está com os dias contados nos EUA e no Canadá

Por conta de seu tamanho compacto e por ser mais caro que o Compass, Renegade vai sair de linha na América do Norte no fim deste ano

06 de dez, 2023 · 4 minutos de leitura.

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Jeep Renegade tem solução híbrida plug-in fora do País, mas deve adotar sistema MHEV no Brasil
Crédito:Jeep/Divulgação

O Jeep Renegade pode até ser um dos SUVs queridinhos do público brasileiro, mas parece não ter agradado ao exigente público norte-americano. Dessa forma, sua “morte” foi decretada nos mercados dos EUA e do Canadá no fim de 2023, onde os consumidores preferem carros grandes. Ao contrário da Europa, onde o jipinho se mantém firme e forte.

Além de ser considerado pequeno, o Renegade enfrenta outro entrave nos EUA: custa mais que o Compass. Seu preço começa em US$ 28.445 (cerca de R$ 140.200 na conversão direta). Então é um pouquinho mais caro que o Compass, tabelado a US$ 28.400 (R$ 140 mil). Pode ser uma diferença de valores irrelevante, mas pelo porte dos dois veículos, o Renegade sai em desvantagem. Ambos são fabricados na Itália e têm motorizações diferentes.



No Brasil, há uma diferença substancial de preço entre os dois veículos. Enquanto a versão de entrada do Renegade parte de R$ 125.990, o Compass Sport custa R$ 180.390 – seu preço subiu R$ 1.800 neste mês, inclusive. Neste caso, os carros dão feitos em Goiana (PE).

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Jeep Renegade 2024
Jeep/ Divulgação

Renegade em queda

As vendas do modelo nos EUA vêm caindo desde 2016, quando alcançaram o pico de 106.606 emplacamentos no ano. Já em 2022, esse número caiu para apenas 27.549 unidades. Como base de comparação, no ano passado o Renegade teve 51.398 carros vendidos no Brasil, que é um mercado muito menor que o dos EUA. Em 2022, por exemplo, foram comercializados 13,83 milhões de carros naquele país, enquanto aqui os emplacamentos não chegaram a 2 milhões.

Em 2023 a situação fica ainda mais crítica para o SUV compacto. De janeiro a setembro, as vendas registram uma queda de 35% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. De acordo com um estudo recente, o modelo tem o maior estoque entre os carros vendidos nos EUA.


Lançado em 2015 no mercado norte-americano, o modelo passou por poucas mudanças nos últimos anos, apenas uma pequena atualização em 2019. O facelift de 2022, por exemplo, ficou restrito à América Latina.

O SUV compacto (ou subcompacto, na classificação deles) terá destino semelhante ao do Cherokee, que foi descontinuado no início deste ano. Entretanto, o “irmão” maior terá um substituto, o que não deve acontecer com o menor. Isso porque a Jeep se comprometeu a lançar opções elétricas para todos os seus modelos na América do Norte até 2025.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.