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Novo Renault Mégane elétrico roda 450 km e recarrega em 23 minutos
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Novo Renault Mégane elétrico roda 450 km e recarrega em 23 minutos

Após lançar o Kwid E-Tech, Renault mostra novo Mégane elétrico, que vem disputar com Chevrolet Bolt e Nissan Leaf; SUV chega no início de 2023

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

06 de set, 2022 · 6 minutos de leitura.

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Megane E-Tech
Novo Megane consegue fazer de zero a 100 km/h em 7 segundos
Crédito:Foto/Jady Peroni

Após estrear na Europa, o Renault Mégane E-Tech está oficialmente no Brasil. O SUV movido a baterias apareceu, em primeira mão, durante o evento de mobilidade da marca francesa, chamado de E-Tech 100% Eletric Days, que acontece entre os dias 5 e 7 de setembro. Resgatando o nome do antigo sedã médio que esteve à venda por aqui durante as décadas de 1990 e 2000, o utilitário tem previsão de estreia até junho de 2023. Ele terá um posicionamento acima dos irmãos, Zoe E-Tech e Kwid E-Tech, que acaba de chegar às lojas com preço de R$ 146.990.

Para o mercado brasileiro, o novo Mégane elétrico virá com motor que entrega 220 cv de potência e 30 mkgf de torque. Com ele, a Renault afirma que o SUV acelera de zero a 100 km em 7 segundos, um número excelente para um modelo da categoria. Já a velocidade máxima é limitada eletronicamente em 160 km/h. Além disso, o SUV elétrico tem um pacote de baterias de 60 kWh, com capacidade de fornecer até 450 km de autonomia. De acordo com a montadora, o SUV consegue recuperar 100 km em apenas 8 minutos em estação de recarga rápida (DC).

Megane E-Tech
Na traseira, as lanternas do novo Mégane são conectadas por uma faixa de iluminação – Foto/Jady Peroni

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Até o momento, a Renault não revelou mais detalhes sobre versões e preços. Contudo, espera-se que ele chegue em versão única, a topo de linha, Iconic. Seja como for, o valor deve ficar acima do Zoe e-Tech, que custa R$ 239.990 atualmente. Nossa aposta é que o Mégane E-Tech virá na faixa dos R$ 300 mil, mais próximo de rivais como Chevrolet Bolt e Nissan Leaf.



Elétrico e moderno

No visual, o Mégane tem design moderno, com muitos ângulos e vincos. Na dianteira, os faróis com iluminação Full LEDs são interligados por uma faixa preta. O novo logotipo da marca fica no centro da grade, que, diferente do Kwid elétrico, não tem o plug do carregador. Já as luzes diurnas descem pelo para-choques, que tem entrada de ar na base. 

Nas laterais, há maçanetas embutidas – no caso das portas, ficam escondidas na coluna “C”. As rodas são de aro 18, mas o destaque fica para a linha de cintura alta e a leve caída na parte posterior do teto. Por sua vez, a traseira traz as lanternas interligadas, mas por um filete de LEDs – tal como no novo Honda HR-V. Logo acima, temos um spoiler.


Foto/Jady Peroni

Vale dizer que a nova geração do Mégane é, a princípio, o primeiro Renault feito na arquitetura modular CMF-EV. A base é fruto da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi. Em medidas, tem 4,21 metros de comprimento, 1,78 m de largura, 1,50 m de altura e entre-eixos de 2,70 m. No porta-malas, cabem 440 litros.

Interior conectado

Da porta para dentro, a conectividade se destaca. Há um quadro de instrumentos de 12 polegadas e uma central multimídia de 9″, que é levemente curvada para o motorista. Tal como nos carros da Volvo, o sistema operacional Android reúne serviços nativos do Google. E tem espelhamento sem fio com Android Auto e Apple Carplay. Em relação ao acabamento, o novo Mégane traz a proposta sustentável na cabine. Todos os tecidos são feitos com materiais recicláveis.


Foto/Jady Peroni

No mais, o pacote oferece recursos semiautônomos como controle de cruzeiro adaptativo (controla acelerador e freio) e assistente de permanência em faixa, por exemplo. Som premium Harman Kardon e Park Assist também estão na lista.

Ampliação da gama

Além da estreia nacional do Kwid E-Tech e da apresentação oficial do Mégane E-Tech, a Renault anunciou mais dois modelos elétricos no evento. O primeiro deles é o Master E-Tech, versão do furgão com cerca de 200 km de autonomia. Logo depois, vem a van Kangoo E-Tech. Esta terá motor de 120 cv e autonomia de 300 km. No entanto, o destaque é a nova versão com a porta lateral “Open Sésame”, que elimina a coluna B e abre espaço interno de até 3 metros.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.