O ano não começou bem para a indústria automotiva, com forte queda nas vendas em janeiro. Mas, fazendo o recorte dos carros elétricos, o cenário é inverso. Após dobrar de participação no ano passado, o segmento promete muitos lançamentos em 2022 e, com isso, há uma grande expectativa. De acordo com o levantamento da Bright Consulting, em janeiro, por exemplo, começamos a ver modelos que chegaram recentemente ao Brasil subirem no ranking de vendas.
O líder em janeiro de 2022 foi o Volvo XC40, que, desde dezembro, é vendido apenas na versão elétrica. O SUV da marca sueca emplacou 102 unidades. Logo depois, vem o Renault Zoe, que teve metade das vendas do XC40, com 51 emplacamentos. E o hatch tende a crescer com as atualizações feitas na versão atual, que estreou há menos de um ano.
O 3º lugar foi ocupado pelo Mini Cooper S E, com 43 unidades vendidas no primeiro mês do ano. E, para fechar o top 5, a lista conta com o Nissan Leaf em 4°, e o chinês JAC e-JS1, outro recém-chegado ao País e, atualmente, o carro elétrico mais barato do mercado.
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Confira o top 5 do ranking:
- 1°) Volvo XC40: 102
- 2°) Renault Zoe: 51
- 3°) Mini Cooper S E: 43
- 4°) Nissan Leaf: 41
- 5°) JAC e-JS1: 30
Potencial de crescimento
De acordo com um relatório divulgado pela ABVE, os elétricos chegaram a representar cerca de 14,5% dos 2.588 eletrificados vendidos no início de 2022 aqui no Brasil. No total, a associação estima que já são mais de 5 mil veículos 100% a bateria em circulação no país. E a expectativa é que aumente ainda mais.
Para comparação, os elétricos tiveram, em 2020, uma participação de 4% no total de vendas dos eletrificados, somando 801 unidades em relação as 19.745 vendidas. Já em 2021, esse número dobrou. Dos 34.990 emplacamentos do segmento, 2.851 foram EVS, aumentando sua participação para 8%.
No entanto, apesar de seguir em alta e ter uma larga vantagem de novas tecnologias, a falta de incentivo é um dos dificultadores para o mercado de elétricos.
”Se o governo der mais atenção a esse tema, o Brasil poderá se tornar uma grande potência global em transporte limpo e sustentável, abrindo caminho para a renovação da indústria nacional e a criação de empregos de qualidade, unindo os biocombustíveis aos veículos elétricos”, afirmou em nota o presidente da ABVE, Adalberto Maluf.
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Eletrificados na corrida
Quando focamos nos eletrificados no geral, o resultado é mais signficativo ainda. Isso porque os 2.558 emplacamentos dos primeiros 30 dias do ano representam um crescimento de 93% em relação ao mesmo período de 2021, quando houve 1.321 vendas.
Na liderança, claro, ficam os híbridos flex. Nessa categoria, os mais vendidos no ranking foram o Toyota Corolla Cross, com 908 unidades, e o Toyota Corolla Altis, com 402. Logo depois, vem o Volco XC60 com 198 emplacamentos e, por fim, o Volvo XC40, com 117 unidades vendidas.
Elétricos somam 8,5% na participação mundial
No começo deste mês, o Jornal do Carro noticiou que os modelos elétricos atingiram o patamar de 9% do mercado global de carros. O estudo, feito pela Internacional Energy Agency (IEA), prevê que, atualmente, há mais de 16 milhões de veículos elétricos com zero emissões de carbono em circulação no mundo.
Para se ter uma ideia, em 2019, foram vendidos uma média de 2 milhões de carros elétricos globalmente, o que representava apenas 2,5% do comércio. Já em 2020, o mercado geral de carros se contraiu, mas os elétricos continuaram em ascensão e subiram a marca para 3 milhões, representando 4,1% das vendas totais. Então, 2021 foi um ano realmente fora da caixinha.
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Entre as lideranças de mercado, o ranking mostra que a China parte na frente com cerca de 3,4 milhões de vendas de carros elétricos. A Europa vem atrás somando 2,3 milhões de unidades, seguida por Estados Unidos, que ultrapassou meio milhão de vendas em 2021.
Em contrapartida, aqui no Brasil, assim como na Índia e na Indonésia, o relatório aponta que a participação de veículos zero emissão ainda está abaixo de 1%.
