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Renault Twingo pode servir de base para novo VW Up!; entenda
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Renault Twingo pode servir de base para novo VW Up!; entenda

Plataforma de elétricos pequenos da Renault pode ser interessante para a VW, que procura uma base para o substituto do Up!, abaixo do ID.2

Rodrigo Tavares, especial para o Jornal do Carro

07 de mar, 2024 · 4 minutos de leitura.

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Renault Twingo elétrico poderá ceder plataforma à VW futuramente
Crédito:Renault/Divulgação

O avanço das marcas chinesas na Europa não é novidade, e o ritmo é acelerado. Pensando nisso, Renault e VW discutem uma parceria disposta a mudar esse quadro. Trata-se da possibilidade de cooperação entre as duas montadoras, onde veículos elétricos, feitos graças a sinergia das duas, podem ajudar conter tal avanço. Tal cooperação seria o empréstimo da plataforma do futuro Twingo elétrico, à montadora alemã.

Em uma conferência da Ampere, o vice-presidente da Renault, Bruno Vanel, responsável em particular pelos produtos, disse ao site francês L’Argus que a montadora tem intenção de fechar uma parceria. “Esta plataforma destina-se a equipar outros modelos da Renault, e de outros fabricantes”, afirmou o executivo.



Volkswagen/Divulgação
Volkswagen/Divulgação

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Isso significa que a montadora francesa está disposta a negociar possíveis acordos, sem muita dificuldade. Assim, considerando o lado da Volkswagen, que deseja ampliar sua oferta de elétricos, não seria tão difícil imaginar um futuro VW Up! com a base do novo Twingo, por exemplo.

Renault tem plataforma elétrica que pode interessar a VW

Renault/Divulgação
Renault/Divulgação

As informações se encontram. O novo Twingo usará a plataforma AmpR Small, a mesma que equipa o atual R5, e futuramente o novo R4, mas em versão modificada. Do outro lado da mesa, a VW anunciou ano passado um compacto elétrico menor que o futuro ID.2, e seria oferecido por menos de 20 mil euros, no nível de entrada. Uma plataforma compartilhada mantém o preço baixo, o que auxiliaria na meta.


Seja como for, atualmente a Renault tem parceria com o grupo Geely, e novos produtos podem nascer, mas voltados para mercados emergentes, por exemplo. O motivo é a expectativa de que a eletrificação nesses mercados seja mais demorada, por exemplo. A Renault manterá seus motores a combustão na Europa até 2030, enquanto precisará combater os chineses no embate do mercado elétrico.

Por fim, ainda não se sabe a resposta da VW sobre a proposta francesa. O que se sabe é a necessidade de uma nova plataforma para o futuro Up!, que segundo o CEO da VW, Thomas Schäfer, não utilizará a plataforma MEB-Entry, por exemplo.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”