Emily Nery, Especial para o Jornal do Carro e Diogo de Oliveira

21/07/2021 - 11 minutos de leitura. Atualizado: 01/12/2021 | 10:51

SUVs brasileiros terão futuro híbrido: HR-V, Kicks, Renegade e T-Cross eletrificados vêm aí

Sucesso do Corolla Cross híbrido é só o começo: marcas vão eletrificar SUVs compactos nacionais nos próximos anos com sistemas flexíveis

Nissan Kicks e-Power foi lançado na Ásia e utiliza a gasolina como geradora de energia. SUV está confirmado para o Brasil Crédito: Divulgação/Nissan

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Embora ainda seja um movimento inicial e quase embrionário, a hibridização dos carros no Brasil promete ganhar novas dimensões nos próximos três ou quatro anos. O recente sucesso da Toyota com o Corolla sedã e o SUV Corolla Cross híbridos foi a fagulha que faltava para outras montadoras acelerarem o desenvolvimento de sistemas híbridos flexíveis. Aliando as futuras leis mais restritas de emissões de poluentes e o segmento de maior sucesso no país, as fabricantes, assim, miram no investimento de SUVs compactos eletrificados.

Além de novos centros de Pesquisa e Desenvolvimento de motorizações híbridas nacionais, como são os casos da Nissan e da Volkswagen, há uma série de utilitários híbridos já confirmados para o Brasil. Nessa ramificação do segmento entram o Jeep Renegade 4xe, o novo Honda HR-V, o Nissan Kicks e-Power e até um novo Toyota híbrido: o Yaris Cross.

O Honda HR-V híbrido pode ser um dos primeiros SUVs compactos a ser vendido no Brasil e deve chegar no início de 2022 Honda/Divulgação
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Novo HR-V terá versão eletrificada

Um dos primeiros utilitários esportivos a eletrificar sua motorização no Brasil será o novo Honda HR-V. A versão híbrida da nova geração do SUV com caimento de teto do tipo cupê foi apresentada oficialmente na última semana. Assim como o novo Fit, o utilitário traz o sistema e:HEV, que combina o motor 1.5 i-VTEC a gasolina a outros dois motores elétricos.

Um deles funciona como gerador de eletricidade, enquanto outro traciona o carro e fornece até 106 cv. Em conjunto, fornecem 131 cv de potência combinada com 25,5 mkgf de torque a 4.500 rpm. A Honda não informou se adotará a tecnologia híbrida flex no Brasil, como sua rival Toyota adota no Corolla e Corolla Cross. Entretanto, esse parece ser o caminho.

Vale lembrar que o HR-V já está registrado no Brasil e será produzido em Itirapina (SP). Assim, chegará a partir do início de 2022.


SUVs eletricados da Jeep: Renegade e Compass 4xe Divulgação/Jeep

Jeep Renegade 4xe confirmado

Desde 2019, a Jeep comercializa no exterior as versões híbridas plug-in do Renegade e do Compass, a 4xe. O SUV compacto eletrificado, aliás, faz parte da estratégia de eletrificação do grupo Stellantis no Brasil. Após a vinda do Fiat 500e, a Jeep deve importar o jipe híbrido, o que deverá acontecer somente no ano que vem.

O Renegade 4xe associa o motor a combustão 1.3 turbo com potências que vão de 130 cv a 180 cv, a outro elétrico de 60 cv que movimenta as rodas traseiras. Forma-se, assim, um conjunto híbrido de tração 4×4.


Esses dois motores fornecem entre 190 cv a 240 cv de potência combinada, e o consumo fica próximo dos 50 km/l, de acordo com a Jeep. Desta forma, o motorista pode recarregar o pacote de baterias de 11,4 kWh em uma tomada convencional.

Para estar de acordo com as leis de emissões de gases poluentes, os SUVs Nivus e T-Cross podem ganhar uma motorização eletrificada, com o etanol como gerador de energia Volkswagen/Divulgação

Volkswagen T-Cross e Nivus podem virar híbridos flex

Conforme noticiamos na última semana, a Volkswagen anunciou o lançamento de um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento no Brasil. A meta é desenvolver “soluções tecnológicas baseadas em etanol e outros biocombustíveis para mercados emergentes”.


Na prática, a montadora planeja criar motorizações eletrificadas movidas a etanol. Dessa forma, com a aderência do brasileiro ao SUV híbrido, é provável que a Volkswagen inclua o futuro trem de força na dupla T-Cross e Nivus.

Cabe ressaltar que a estratégia de eletrificação da marca na Europa já está avançada, onde pretende vender somente carros elétricos a partir de 2035. Contudo, o CEO da marca, Pablo Di Si, já afirmou que seria necessário explorar soluções alternativas para países emergentes, aproveitando os recursos locais disponíveis. Como é o caso do etanol no Brasil.

Nissan comercializa o Kicks e-Power na Ásia com motorização híbrida com gasolina como geradora Nissan/Divulgação

Nissan Kicks e-Power

Já à venda em países asiáticos, o Kicks e-Power utiliza um pequeno motor a gasolina que funciona exclusivamente como gerador para o conjunto de baterias de 1,57 kWh. Este pacote de baterias, por sua vez, alimenta o motor elétrico, responsável por tracionar as rodas do SUV.

Na sua versão tailandesa, Kicks híbrido usa um motor de 1,2 litro e três cilindros, e um pacote compacto de baterias de íons de lítio. Por fim, o motor elétrico entrega 129 cv de potência e 26,5 mkgf de torque. O Kicks e-Power á está confirmado ao Brasil e deve chegar em 2022.

Nissan/Divulgação

No futuro, a versão pode adquirir a tecnologia híbrida à Célula de Combustível de Óxido Sólido. A SOFC, sigla em inglês para Solid Oxide Fuel Cell, chegou primeiro no Japão, há cinco anos. Mas é no Brasil onde ela é mais promissora, por causa de um combustível essencialmente brasileiro: o etanol. O sistema gera energia elétrica a partir da utilização do biocombustível.

A tecnologia totalmente livre de poluentes capacita o furgão e-NV200 a rodar 600 km com 30 litros de etanol. Em um segundo momento, é provável que o Kicks e-Power, portanto, assuma o trem de força híbrido flex. Assim, ele fornece 121 cv de potência.

Toyota promete entrar na briga dos SUVs compactos com o Yaris Cross Divulgação/Toyota

Toyota foi a pioneira e deverá trazer outro SUV híbrido

Como mencionamos, a Toyota desenvolveu nacionalmente um propulsor híbrido flex, que hoje equipa versões ecológicas do Corolla e Corolla Cross. Aliás, o SUV foi o híbrido mais vendido do primeiro semestre, mesmo com apenas quatro meses de vendas.

E a marca japonesa promete uma carta na manga contra o surgimento de SUVs compactos híbridos: o Yaris Cross. Pensando principalmente para o mercado europeu, o modelo tem dimensões parecidas com o T-Cross, mas desfruta de uma motorização híbrida.

Divulgação/Toyota

No continente europeu, as versões de topo empregam o motor 1.5 aspirado de três cilindros a gasolina que trabalha junto a outro elétrico. Esse trem de força faz o Yaris Cross gastar apenas 1 litro de gasolina ao rodar impressionantes 30,8 km. Além disso, em conjunto, os motores fornecem 116 cv de potência. Nas versões hibridas, a tração é integral.

Embora a Toyota ainda não tenha anunciado o Yaris Cross para o Brasil, está muito claro que a marca japonesa vai apostar todas as fichas na tecnologia híbrida flex, e trabalha nos bastidores para criar um sistema menor e mais barato. Assim, poderá equipar futuramente a linha Yaris, em uma nova geração, bem como o seu SUV compacto.


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Proconve vai endurecer leis de emissões em 2022

Entretanto, o uso do etanol no novo sistema híbrido mais compacto ainda está em fase de pesquisa. Portanto, devemos ver os primeiros modelos da marca utilizando tal motorização somente nas próximas etapas do Proconve, o Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores.


Vale reiterar que, em 2022, entrará em vigor o Proconve L7, que já endurecerá as leis de emissões de gases poluentes e fará com que alguns motores e até veículos possam ser descontinuados. Entra nesta lista, o motor 1.8 E.torQ da Stellantis, que atualmente equipa o Renegade e a picape Fiat Toro, por exemplo.

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