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Uber fecha acordo para ter carro autônomo da Hyundai em breve na frota
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Uber fecha acordo para ter carro autônomo da Hyundai em breve na frota

Uber vai utilizar o Hyundai Ioniq 5 para realizar serviços de taxi e delivery de forma autônoma; viagens sem motoristas começam ainda em 2022

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

08 de out, 2022 · 5 minutos de leitura.

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carros sem motorista Hyundai Uber
SUV Hyundai Ioniq 5 será o primeiro modelo a fazer parte do projeto
Crédito:Reprodução/Motional

Além de serem elétricos, os carros do futuro serão autônomos. E a Uber já está planejando o seu futuro com base nessa premissa. A empresa de aplicativos de corrida e de serviços de mobilidade urbana assinou acordo que estabelece parceria de dez anos com a startup Motional, especializada em sistemas de condução autônoma. Ou seja, a empresa planeja ter carros sem motoristas num futuro não tão distante, em alguns centros urbanos pelo mundo.

O anúncio vem logo após a Uber confirmar que só terá carros movidos a baterias na frota até 2040. A gigante de mobilidade vai oferecer sua extensa tabela de clientes, enquanto a Motional entrará com a tecnologia. O primeiro veículo da parceria será o Hyundai Ioniq 5, mas com o sistema autônomo da startup. Dessa forma, o acordo visa fornecer serviços de taxi, bem como delivery de alimentos em “mercados selecionados”.

Uber
Reprodução

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O Ioniq 5, inclusive, já demonstrou seu potencial ao percorrer sozinho os EUA em 2021. Desde então, o modelo elétrico já fez mais de 100 mil viagens. Vale lembrar que já existe esse tipo de serviço com alguns carros autônomos em Las Vegas e São Francisco. No entanto, estes são de responsabilidade de Lyft, concorrente da Uber. A empresa fechou parceria com a Motional recentemente e oferece carros com esse sistema de condução avançada.

Projeto piloto deu certo

A união entre as empresas se tornou oficial após o sucesso do programa piloto de entregas com modelos autônomos, que foi feito em Los Angeles por meio do Uber Eats. O teste aconteceu no começo deste ano e atendeu diversos clientes da região com entregas de alimentos e outros itens. Portanto, a dupla quis investir no próximo passo e oferecer o serviço para pessoas. As primeiras viagens, assim, devem começar ainda neste ano.

Reprodução/Motional

Segundo a própria Uber, o Ioniq 5 autônomo será disponibilizado para as categorias UberX e Uber Comfort Electric em alguns locais dos EUA. Esta última oferece apenas modelos elétricos nas viagens. Assim, o intuito é, além de ajudar a reduzir a emissão de carbono no meio ambiente, reduzir o tempo de espera e custo para os clientes da plataforma.

“Este acordo será fundamental para a adoção de táxis autônomos em larga escala. A Motional agora tem acesso a milhões de usuários e um roteiro para escalar significativamente nos próximos dez anos”, disse o presidente e CEO da startup, Karl Iagnemma.



Uber quer somente carros elétricos

No final de setembro, o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, declarou que toda a frota global de carros no aplicativo será elétrica até 2040. Mas, a virada começará a partir de 2030. É quando Canadá, EUA e Europa passarão a ter só veículos a baterias nas corridas do app. “Se estivermos fazendo nosso trabalho, seremos totalmente elétricos”, disse o CEO à CBS.


Uber
Reprodução/Motional

O foco inicial é os EUA, onde a empresa já possui a opção “Comfort Electric” disponível em 25 cidades norte-americanas. A opção engloba apenas carros elétricos e é um pouco mais cara que as demais, como, por exemplo, o “Uber X”. Ou seja, com ela, a Uber pretende dobrar sua frota de veículos com zero emissões no próximo ano, dos atuais 26 mil para 50 mil.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.