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VW antecipa fim do câmbio manual na Europa com próximo Golf
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VW antecipa fim do câmbio manual na Europa com próximo Golf

Golf 2024 deverá abandonar o câmbio manual até mesmo na icônica versão GTI e VW pode ter todos os carros automáticos antes do previsto

Ana Carolina Bilatto, especial para o Jornal do Carro

20 de jun, 2023 · 5 minutos de leitura.

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Câmbio manual carros
Apenas 24 modelos ainda contam com câmbio manual no Brasil
Crédito:DIOGO DE OLIVEIRA/ESTADÃO

A atual oitava geração do VW Golf está próxima de receber sua reestilização de meia vida na Europa. O lançamento será em 2024. E a principal novidade deverá ser o fim da oferta (histórica) de câmbio manual no hatch médio. Isso acontecerá por causa dos novos limites de emissões mais rigorosos propostos no padrão Euro 7. Caso as regras sejam validadas da forma como estão na proposta, o Golf e vários outros carros irão abandonar a transmissão.

A montadora evidentemente ainda não confirma a informação. Mas, segundo declarou Kai Grünitz, chefe de desenvolvimento técnico da Volkswagen, à revista inglesa Autocar, “não haverá um (novo Golf) com câmbio manual”. Assim, por ora, resta aguardar os detalhes da próxima fase do programa europeu de controle da poluição do ar pelos veículos.

De toda forma, conforme os dados oficiais da VW, o Golf com pedal de embreagem efetivamente polui mais. Na atual geração, o hatch médio – na famosa versão esportiva GTI – emite 162 g/km de CO2 com câmbio manual e 160 g/km com a caixa automatizada de dupla embreagem. Ou seja, o câmbio DSG de sete marchas não é apenas mais rápido nas mudanças, como também faz o hatch queimar menos gasolina – e, então, emitir menos gases.

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Volkswagen
VW Golf GTE (Volkswagen/Divulgação)

Novo Golf 2024 longe do Brasil

O VW Golf tem versões com câmbio manual desde a sua primeira geração, lançada em 1974. Quando a atual oitava geração estreou, a opção só foi retirada do esportivo GTI, continuando manual nas versões Comfortline e Highline. Contudo, agora se espera que as todas versões do Golf, incluindo a icônica GTI com seu estofado xadrez, sejam automáticas. Um retrato dos novos tempos, em que as montadoras precisam largar o passado e zerar o carbono.

Na Europa, existem alguns modelos que ainda oferecem câmbio manual. Entretanto, na gama da VW, as novas gerações de Tiguan e Passat serão somente automáticas. Em parte, a mudança contempla um movimento forçado pelo limites bem mais exigentes do Euro 7. E que deve incluir modelos menores, como o Polo, por exemplo – que é feito no Brasil. Mas o fim do câmbio manual também reflete a eletrificação e a rápida transição para os carros elétricos.


No Brasil, o predomínio do câmbio automático é realidade entre os SUVs. Vários dos modelos mais vendidos, como Chevrolet Tracker e VW T-Cross, por exemplo, não dispõem de opção com embreagem. Seja como for, o novo VW Golf 2024, além de abandonar o câmbio manual, também ganhará em breve uma nova versão totalmente elétrica – que pode, inclusive, ser o ID.2, futuro hatch de entrada da linha ID. Aí talvez o Golf volte para cá.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.