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Carros que poderiam ser perfeitos

Eles têm inúmeras qualidades, mas faltou um detalhezinho para tirar nota 10 e serem considerados perfeitos

Diego Ortiz

04 de out, 2018 · 5 minutos de leitura.

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Porta-malas do Renegade
Crédito: Crédito: Jeep/Divulgação

Detalhes fazem toda a diferença. Quanto melhor é um produto, mais seus consumidores ficam exigentes e querem que eles sejam perfeitos. É assim em todos os mercados, e no automotivo isso se amplia, já que são bens duráveis com valor de aquisição muito alto. Alguns modelos chegam perto da perfeição exigida pelos consumidores, mas acabam dando uma escorregadinha que os impedem de tirar nota 10.

O Jeep Renegade, por exemplo, tem a robustez que a marca sugere, desenho legal, ótima dirigibilidade, duas opções de motor, mas peca no porta-malas muito pequeno, de apenas 260 litros. Para um carro familiar, é pouco. Rival do Renegade, o Nissan Kicks tem design moderno, bom acabamento, porta-malas bom, de 432 litros, espaço interno suficiente, mas o motor 1.6 Flex de apenas 114 cv deixa o desempenho do SUV muito abaixo do que ele merecia. É fraco!

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Dois Volkswagen também entram nesta lista por motivos distintos. O Up! é um carrinho muito econômico e gostoso de dirigir, mas sua produção é cara, e isso passa para o seu preço, que começa na casa dos R$ 52 mil. É muito para um modelo de base. O Up! virou praticamente um carro de nicho, voltado para quem gosta de dirigir, mas essa não deveria ser sua função e se reflete nas vendas baixas.

Acabamento não os deixam ser perfeitos

Já o Polo não tem esse problema. Seu custo inicial é menor até que o do Up! e ele é um carro excelente, principalmente nos parâmetros de dirigibilidade e potência. Mas o acabamento… Bem, ele poderia ser bem melhor. Nas versões de topo, por exemplo, chega a ser contrastante o belo painel virtual que só ele tem no segmento com o excesso de plástico.


Outro que vacila por dentro é o Chevrolet Cruze. O carro tem um design que todo mundo gosta, ótimo desempenho e é bem recheado de fábrica. Mas seu acabamento é ruim. Não há outra maneira de descrever. Ainda na linha da GM, o Onix é um sucesso absoluto e tem um pacote difícil de resistir em termos de produto de entrada. Mas seu coração é fraco. A GM vem fazendo melhorias ininterruptas no motor 1.0 do carro, mas ele é muito antigo e não chega perto dos rivais em termos de tecnologia.

Por fim, temos o rei da classe média, o Toyota Corolla. Seu apelido de Vôrolla já mostra claramente seu problema: ele tem cara de carro de tiozão e não emociona. Poucos veículos no mundo são tão sólidos em termos de produto quanto o Toyota. Ele tem tudo que um carro precisa ter, mas seu acabamento soa antigo (olá reloginho digital!) e falta um pouco de pimenta. Só isso!

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