O câmbio Powershift (caixa automatizada de duas embreagens da Ford) já deu muita dor de cabeça. E foi bem estranho, em 2017, a Ford ter escolhido mantê-lo na linha Fiesta (leia mais abaixo). Agora, essa transmissão parece que vai finalmente dizer adeus.
O câmbio Powershift não está mais disponível no Fiesta. Agora, o carro só traz transmissão manual. A versão sedã, por sua vez, deixou de ser oferecido.
O EcoSport abandonou o câmbio Powershift como parte das mudanças recebidas na linha 2017. No SUV, a transmissão automatizada foi substituída pela automática de seis velocidades.
Agora, só a linha Focus (hatch e sedã) mantém o câmbio Powershift. Mas a morte do médio já foi decretada pela Ford. .
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20º VOLKSWAGEN VIRTUS
41.634 UNIDADES
19º VOLKSWAGEN SAVEIRO
45.920 UNIDADES
18º JEEP RENEGADE
46.344 UNIDADES
17º NISSAN KICKS
46.812 UNIDADES
16º HONDA HR-V
47.959 UNIDADES
15º HYUNDAI CRETA
48.976 UNIDADES
14º FIAT MOBI
49.491 UNIDADES
13º RENAULT SANDERO
52.401 UNIDADES
12º FIAT TORO
58.477 UNIDADES
11º TOYOTA COROLLA
59.062 UNIDADES
10º JEEP COMPASS
60.284 UNIDADES
9º FIAT ARGO
63.011 UNIDADES
8º FIAT STRADA
67.227 UNIDADES
7º RENAULT KWID
67.320 UNIDADES
6º VOLKSWAGEN POLO
69.584 UNIDADES
5º CHEVROLET PRISMA
71.735 UNIDADES
4º VOLKSWAGEN GOL
77.612 UNIDADES
3º FORD KA
103.286 UNIDADES
2º HYUNDAI HB20
105.506 UNIDADES
1º CHEVROLET ONIX
210.458 UNIDADES
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A produção da linha Focus já está em seus dias finais na Argentina. O modelo deixará de ser fabricado em maio. Para sempre (o carro também sairá de linha nos EUA).
O fim do Focus faz parte da nova estratégia global da Ford. O objetivo é priorizar SUVs e picapes, que são modelos bem mais rentáveis que hatches e sedãs.
O encerramento da oferta do Focus decretará o fim do câmbio Powershift no Brasil.
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A história do câmbio Powershift
Powershift é o nome da transmissão automatizada de duas embreagens da Ford. Grosso modo, esse tipo de caixa, chamada também de robotizada, é formada por um sistema idêntico ao do manual, porém seu acionamento e as trocas de marcha são feitas por meio de atuadores hidráulicos. O gerenciamento é eletrônico.
O câmbio Powershift passou a equipar a linha Fiesta vendida no Brasil em 2013. Na época, sua estreia foi muito festejada.
O câmbio de duas embreagens é um dos sistemas mais avançados do mercado. Há uma embreagem para as marchas pares e outras para as ímpares. Com isso, as trocas são feitas de forma mais rápida e com poucos trancos.
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Esse câmbio é “queridinho” da indústria alemã de carros de luxo e utilizado até em superesportivos. O da Porsche, por exemplo, é batizado de PDK.
O Volkswagen Golf e o Audi A3 Sedan importados tinham esse sistema. Quando os dois modelos passaram a ser feitos no Brasil, contudo, passaram a trazer câmbio automático convencional.
Celebrou-se bastante, portanto, quando o Fiesta – um hatch premium, mas ainda assim compacto – brasileiro passou a trazer essa tecnologia.
Problemas
Porém, o Powershift logo mostraria ser uma caixinha de problemas. Resumidamente, o sistema apresentava constante vibração, que a Ford não conseguia resolver.
Em casos mais graves, a transmissão chegava a travar. Para tentar recuperar a confiança do consumidor, a Ford aumentou a garantia do sistema para dez anos. Não adiantou. Ele já estava “queimado” no mercado brasileiro e mundial.
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Lifan X60
1.688 unidades vendidas
Volkswagen Golf
3.070 unidades vendidas
Citroën C3
6.378 unidades vendidas
Volkswagen Golf Variant
503 unidades vendidas
Fiat Weekend
3.168 unidades vendidas
Mitsubishi Lancer
1.626 unidades vendidas
Jaguar XE
243 unidades vendidas
Ford Focus
2.933 unidades vendidas
Nissan Frontier
6.325 unidades vendidas
O Fiesta e o câmbio Powershift
Depois da enxurrada de relatos de defeitos, ninguém entendeu por que a Ford decidiu manter esse câmbio no Fiesta reestilizado, que checou em 2017. Seria um tiro no pé?
No ano passado, foi vez de o Ka ganhar versão sem o terceiro pedal. Nada de Powershift. O subcompacto adotou um automático de seis marchas.
Ficou claro que a Ford estava deixando de apostar no Fiesta. E passando a investir no Ka para ser seu carro mais vendido sem pedal de embreagem.
Portanto, o fato de a Ford deixar de oferecer o Powershift definitivamente parece ser bastante lógico. O que surpreende é o Fiesta não ter mais câmbio automático, e o Ka sim.
Afinal, o Fiesta é um hatch premium, enquanto o Ka é um modelo de entrada. Surge então uma questão: será que o Fiesta tem futuro no Brasil? Suas vendas, se não empolgam, também não são irrelevantes.
No ano passado, o hatch somou 14.505 emplacamentos e foi o 49º carro mais vendido do Brasil. Além disso, o Fiesta é o representante da Ford em um segmento muito importante, que inclui os campeões de vendas VW Polo e Fiat Argo.
Nos EUA, o Fiesta não é mais vendido. Na Europa, por sua vez, o hatch é um dos carros mais vendidos. E no Brasil? O que vai acontecer?
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LANCIA MUSA
Está reconhecendo o monovolume da foto? Pois está é a Lancia Musa, a versão da Lancia para a conhecida Fiat Idea. Ela era bem mais luxuosa e tinha alguns retoques visuais em relação ao modelo que conhecemos. Por dentro, tinha veludo e direito a couro creme nos bancos. Que tal?
FIAT IDEA
A Fiat Idea europeia, aliás, era um bocado diferente da brasileira. Embora o visual fosse parecido, a plataforma era diferente e o interior também. O modelo europeu tinha alavanca de câmbio elevada e mostradores no centro do painel, por exemplo. Aqui, base e interior eram do Palio.
LINCOLN MKX
A primeira geração do MKX era nada mais que uma versão redesenhada do Ford Edge. Motores e câmbio eram os mesmos, mas o Lincoln tinha um visual mais "clássico", por assim dizer.
CITROËN C1
A PSA e a Toyota se uniram para criar modelos de entrada para todas as marcas. Daí nasceram os Citroën C1, Peugeot 108 e Toyota Aygo. Todos compartilhavam a base mecânica da Toyota, mas tinham particularidades visuais.
TOYOTA AYGO
Recentemente a parceria terminou para os compactos. As marcas vão continuar trabalhando juntas, mas em modelos comerciais daqui para frente.
PEUGEOT 108
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OPEL INSIGNIA
Remanescente dos tempos que a Opel era da GM, a americana Buick começou a colocar seus emblemas no Insignia europeu e vendê-lo como Buick Regal nos Estados Unidos.
BUICK REGAL
Até a versão perua foi levada, assim como para a Austrália, onde ganhou emblemas da Holden. No entanto, a compra da Opel pela PSA deve mudar o futuro desses modelos.
SKODA CITIGO
Bem conhecido dos brasileiros, o VW Up! também rendeu "filhotes" na Europa. Skoda e Seat, ambas do grupo VW, fizeram suas versões para o carrinho. Da Tchéquia, a Skoda fez o Citigo, com o mesmo motor 1.0 de três cilindros.
SEAT MII
Já os espanhóis fizeram o Mii, também com a mesma base mecânica.
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