Primeira Classe

Polo é superado por seu maior rival

Pela primeira vez, Polo fica atrás do Argo no resultado trimestral

Rafaela Borges

03 de abr, 2019 · 4 minutos de leitura.

Volkswagen Polo" >
Volkswagen Polo
Crédito: Foto: Werther Santana/Estadão

Pela primeira vez desde seu lançamento, o Polo, da Volkswagen, foi superado em vendas por seu maior rival em um resultado trimestral. Lançado em novembro de 2017, o hatch compacto nunca tinha ficado atrás do Argo no acumulado de três meses.

Isso até o primeiro semestre de 2019. No período, o Polo ficou abaixo de seu resultado convencional (leia mais a seguir). Já o Argo foi um dos destaques do mercado.

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Polo no 1º trimestre

No acumulado de janeiro a março de 2019, o Polo foi o décimo carro mais emplacado no Brasil. Na comparação com o ano passado, o VW perdeu quatro posições – havia sido o sexto mais vendido em 2018.

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Com isso, o hatch da VW ficou atrás do Argo. O modelo da Fiat foi o sétimo mais vendido no primeiro trimestre de 2019, ante sua nona posição no ano passado.

No primeiro trimestre, o Polo somou 15.327 unidades vendidas. O Argo teve 16.235 emplacamentos.

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Vantagem do Argo

A principal vantagem do Argo foi obtida em fevereiro. Naquele mês, o modelo da Fiat teve  vendas diretas expressivas e obteve seu melhor resultado histórico (desde seu lançamento, em maio de 2017).


Ele obteve o quarto lugar no ranking de emplacamentos, enquanto seu principal rival foi nono. Em fevereiro, as vendas do Argo totalizaram 6.674 exemplares. A vantagem ante o VW, cujos emplacamentos foram de 4.812 unidades, foi maior que a obtida em todo o terceiro trimestre.

Vantagem do Polo

Em março, porém, o Volkswagen voltou a ficar à frente do Argo. Ele teve 5.082 exemplares comercializados e foi o nono carro mais emplacado do País.

O Argo teve uma boa queda ante fevereiro, ficando em março com a 12ª posição no ranking dos mais vendidos. No entanto, seus emplacamentos não foram muito distantes dos obtidos pelo Polo (somaram 4.643 unidades).


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E o Yaris?

O modelo da Toyota chegou em meados do ano passado com a missão de concorrer com Argo e Polo. Porém, até agora o hatch Yaris não conseguiu abalar os dois modelos. Ao menos, não a ponto de tirá-los da lista dos dez mais emplacados.


Além disso, o Toyota não conseguiu ainda entrar na lista dos vinte mais vendidos do Brasil. Em março, foi o 25º mais emplacado. Ficou atrás, inclusive, de seu “irmão”, o Yaris Sedan.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.