Primeira Classe

A história do carro off-road que as famílias amam

Discovery celebra 30 anos como carro mais versátil da Land Rover

Rafaela Borges

25 de abr, 2019 · 6 minutos de leitura.

Discovery de quinta geração" >
Land Rover Discovery
Crédito: Rafael Arbex/Estadão

Quando a Land Rover fez o lançamento mundial do Discovery 4, em 2009, o novo Range Rover Sport foi apresentado em conjunto. Depois disso, andamos ainda no renovado Range Rover, o topo de linha, que aqui é Range Rover Vogue.

Enquanto o Sport e o Vogue usaram e abusaram do asfalto – embora tenham passado por trechos off-road -, com o Discovery o esquema foi totalmente fora de estrada. Só ele passou por trechos alagados muito profundos.

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Primeira geração (Fotos: Land Rover/Divulgação)

 

Além disso, apenas o Discovery venceu pedras e conseguiu sair de buracos muito profundos e cheios de lama.

Uma geração depois, o carro deixou de receber um número à frente de seu nome. Se assim continuasse, seria Discovery 5, mas agora é só Discovery.


 

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Nem por isso, perdeu sua aptidão off-road. Pelo contrário: ela foi aprimorada. Tanto que o lançamento do modelo para o mercado brasileiro foi em condições extremamente adversas, em Alter do Chão, no Pará. E ele se deu muito bem.


Dá para dizer, sem medo de errar, que o Discovery é hoje o mais off-road da família Land Rover. Até porque, no momento, o Defender não está sendo produzido.

Porém, tanto na geração 3 quanto na atual, o Discovery é também o carro mais família da montadora britânica.


O segundo Discovery

 

Ao mesmo tempo que ele tem aptidão fora de estrada incrível, oferece muito conforto ao rodar, espaço, imenso porta-malas, sete lugares, etc. A fórmula perfeita para agradar o consumidor familiar.

Mas por que estamos contando a vocês essa idiossincrasia do Discovery? Porque, neste ano de efemérides (já teve Mustang, Kadett, Golf e até 100 anos da Ford no Brasil), o Land Rover trintou.


E, nesses 30 anos do modelo mais versátil da marca, vou contar um pouquinha da história dele para vocês.

 

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30 anos do Discovery

A primeira geração do Land Rover teve longa vida. Foi feita de 1989 a 1998. Já nasceu com as linhas quadradas que o modelo só perdeu na atual encarnação.

Com muitos componentes em comum com o Range Rover, teve versões de motor entre quatro e oito cilindros e carrocerias de duas ou quatro portas.

A segunda geração apresentou um avanço visual ante a primeira. O estilo quadradão, no entanto, foi mantido. Feita de 1998 a 2004, era mais parruda e tinha 4,7 metros de comprimento (16 cm a mais que a primeira).


Discovery 3

O terceiro Discovery ficou um pouco mais suave visualmente, embora maior (4,85 metros). Foi produzido entre 2004 e 2009.

Entre o Discovery 3 e o 4 não houve mudança de plataforma. As linhas evoluíram, especialmente no farol e capô, e ficaram bem mais modernas. As dimensões, no entanto, eram praticamente as mesmas.


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A linha atual

A quarta geração teve longa carreira, até 2017, quando o modelo atual foi lançado. A atual encarnação é uma revolução em design, pois não há mais o estilo “caixa”.


 

 


O SUV agora é arredondado na frente, embora mantenha uma traseira achatada. Ele também faz parte de uma família como a Land Rover (que tem o Vogue, o Sport, o Evoque e mais recentemente ganhou o Velar).

O Discovery é por enquanto uma família de dois apenas, sendo o outro integrante o Sport (sucessor do Freelander). Há expectativa de que ela cresça.

 


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.