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Kit estético tenta “transformar” SUV da Toyota em Lamborghini Urus
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Kit estético tenta “transformar” SUV da Toyota em Lamborghini Urus

No Japão, o SUV Toyota Venza recebe modificação estética para se parecer com Lamborghini Urus; penduricalhos dão aparência bizarra ao modelo

Vagner Aquino, Especial para o Jornal do Carro

17 de jul, 2021 · 4 minutos de leitura.

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Urus
Toyota Venza tenta se "vestir" de Lamborghini Urus por meio de kit de personalização da japonesa Albermo
Crédito:Albermo/Divulgação

O Lamborghini Urus enfeita a garagem de diversos cantores, jogadores de futebol, bem como outros endinheirados de plantão mundo afora. Mas, acredite, tem gente por aí que não mede a cafonice e, simplesmente, “monta” o SUV italiano por meio de kit de personalização. Pois é, isso vem acontecendo no Japão, e o último trabalho tem como base o Toyota Venza.

Urus
Lamborghini/Divulgação

A gambiarra – ou melhor, o kit de personalização – oferecido pela Albermo chama-se XH42. Na prática, o conjunto conferiu nova dianteira ao Toyota Venza. O destaque, claro, vai para o para-choque, com entradas de ar exageradas e grade do tipo colmeia. O escudo dianteiro, aliás, é apenas mais um detalhe desnecessário do conjunto.

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Urus
Albermo/Divulgação

Acha que acabou? Se engana. Nas laterais, o SUV Venza ganhou apliques plásticos nos para-lamas. As peças, no entanto, parecem ter sido feitas para outro veículo. É notável que falta preencher espaço, ali.

Traseira também foi mexida

Na parte traseira, não bastaram a caída acentuada de teto do Venza original (foto abaixo) e suas lanternas finas e compridas (como no Urus). O kit feito pela Albermo traz um para-choque traseiro dotado de um gigante difusor. O sistema de escape, por fim, sequer ficou escondido pela preparadora. E o SUV da Toyota, contudo, tem apenas duas saídas de escapamento, não quatro, como o Urus.




Urus
Toyota/Divulgação

Opcionalmente, o veículo pode incluir duas saídas de escape centrais. E para completar, tem a cereja do bolo: uma espécie de aerofólio na tampa traseira.

Nada de revelação dos preços por parte da Albermo. A única informação que se sabe é que a empresa vende as peças separadamente. Nesse sentido, dá para notar que não deve sair barato. Afinal, qualquer embelezamento automotivo (ou qualquer personalização, mesmo que de gosto duvidoso) costuma custar caro.


Recentemente, outro kit da Albermo foi aplicado, desta vez no Toyota RAV4, e também deixou o SUV japonês com cara de Lamborghini Urus. Neste caso, contudo, o tuning custou cerca de R$ 12,5 mil.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”