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Aceleramos: Jeep Commander 1.3 turbo flex é classudo, mas está em falta
Avaliação

Aceleramos: Jeep Commander 1.3 turbo flex é classudo, mas está em falta

Com longa fila de espera, novo Jeep Commander é imponente e entrega luxo na versão Overland com motor 1.3 turbo flex; veja o vídeo

Redação

03 de mar, 2022 · 6 minutos de leitura.

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Jeep Commander
Jeep Commander Overland com motor 1.3 turbo flex e câmbio automático de seis marchas é mais urbano e aposta no luxo a bordo
Crédito:Jeep/Divulgação

A Jeep fez uma grande ofensiva no fim de 2021 com o lançamento do Commander. O SUV de 7 lugares feito Pernambuco veio posicionado acima do Compass e com proposta de concentrar as vendas nas versões com o motor 2.0 turbodiesel de 170 cv. Entretanto, para ter preço competitivo, veio também com o 1.3 T270 turbo flex de até 185 cv de potência e 27,5 mkgf de torque máximo.

O motor é conectado ao câmbio automático de seis marchas e a tração é apenas dianteira. O problema, no momento, nem é o preço de R$ 239.990. Afinal, o Commander entrega luxo e sofisticação a bordo. A questão é a alta demanda e a escassez de chips. Sem conseguir entregar o SUV, a Jeep suspendeu os pedidos no início de fevereiro. O Jornal do Carro acelerou a versão turbo flex e conta se vale a espera.

Os pedidos pelo Jeep Commander têm fila de até 180 dias.

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Como é o Jeep Commander

O utilitário de 7 lugares aposta no luxo e na sofisticação a bordo. Na versão avaliada, a cabine têm, por exemplo, forração em couro Suede nos bancos e em outras partes, como painel e portas. O modelo herda vários itens do irmão, entre eles a moderna central multimídia com tela de 10″ e conexão sem fio com Android Auto e Apple CarPlay.

Jeep Commander
Jeep/Divulgação

Um destaque é a plataforma de conectividade Adventure Intelligence. Ela oferece vários serviços conectados, com Wi-Fi nativo, assim como comandos remotos via App no celular. A multimídia também é compatível com assistentes virtuais, como a Alexa, da Amazon.

Commander
Jeep/Divulgação

Na parte de segurança ativa, o SUV de 7 lugares conta com controle de cruzeiro adaptativo (ACC) com frenagem automática de emergência, em caso de risco de batida. Há assistente de saída involuntária de faixa, que faz correções no volante para centralizar o veículo na faixa da pista, assim como alerta de ponto-cego nos retrovisores laterais.


O Jeep Commander é capaz também de identificar de placas de trânsito, tem assistente de manobras, que faz a baliza de forma automática, e detector de fadiga do motorista. Por fim, há ajuste automático dos faróis principais (alto e baixo), bem como saídas de ar-condicionado e portas USB para os passageiros do banco de trás, e tampa traseira automática.



Jeep Commander
Jeep/Divulgação

Vale a compra?

A despeito das heranças do Compass, o Commander chega com visual próprio e imponente, com lanternas elegantes e iluminação Full LEDs em todas as versões. Para o motorista, o quadro de instrumentos conta com display colorido e configurável. A bordo, a sensação é de maior luxo e riqueza em relação aos irmãos feitos em Pernambuco.


Com o Commander, a Jeep quer a liderança dos SUVs maiores, categoria dominada pelo Toyota SW4. Porém, na versão flex, o irmão maior do Compass não tem a valentia no 4×4 dos modelos derivados de picapes médias a diesel, como o SUV derivado da Hilux. Assim, a versão Overland tem pegada mais urbana e voltada às viagens em família.

Jeep Commander
Jeep/Divulgação

Além do maior requinte no interior, e do visual classudo e imponente, o Commander tem como ponto forte o espaço interno. O generoso entre-eixos de 2,79 metros entrega até sete lugares e 660 litros de porta-malas quando ajustado para 5 adultos. Entretanto, com todos os assentos ocupados, o bagageiro fica bem menor e leva 233 litros.


Ou seja, com essas características, o Commander Overland 1.3 turbo flex é rival de outros SUVs de 7 lugares, como o Caoa Chery Tiggo 8 e o VW Tiguan Allspace, que voltará reestilizado do México em breve. Tem ainda os SUVs médios com tabela parelha, como Peugeot 3008 e Ford Bronco Sport. E, mais acima, o Mercedes-Benz GLB. Não faltam rivais.

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Prós

  • Cabine leva 7 passageiros e tem amplo espaço
  • Acabamento interno é caprichado e requintado
  • Visual exterior é imponente e tem personalidade

Contras

  • SUV tem tração dianteira nas opções turbo flex
  • Versão é sofisticada, mas cobra um preço alto
  • Fila de espera pelo Commander ainda é longa

Ficha Técnica

Jeep Commander Overland T270 flex AT6

Motor

1.3 16V, 4 cil., turbo, flex

Potência

185 cv (E) e 180 cv (G)

Torque

27,5 mkgf a 1.750 rpm (E/G)

Câmbio

Automático de 6 marchas; tração dianteira

Comprimento

4,77 m

Largura

1,85 m

Altura

1,68 m

Entre-eixos

2,79 m

Altura em relação ao solo

208 mm

Rodas e pneus

235/50 R19

Porta-malas

233 l (7 lugares), 661 l (5 lugares) e 1.760 l (bancos rebatidos)

Tanque de combustível

61 litros

Peso (ordem de marcha)

1.715 kg

Aceleração 0-100 km/h

9,9 s (E) / 10,6 s (G)

Consumo urbano

6,9 km/l (E) / 9,8 km/l (G)

Consumo rodoviário

8,3 km/l (E) / 11,8 km/l (G)

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”